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Estudantes, professores e integrantes de movimentos sociais promoveram um ato em defesa da educação pública, na tarde desta quinta-feira (26), em frente ao antigo Colégio Ginásio Pernambucano localizado na Rua do Hospício, Centro do Recife. Os cerca de 40 manifestantes realizaram um “Aulão Público”, criticando principalmente os cortes financeiros feitos pelo Governo Federal para investimentos na educação, além das condições de trabalho dos professores.
##RECOMENDA##Um dos organizadores do ato, o estudante Gabriel Augusto Coelho, disse que o protesto ocorre de forma simultânea em outras capitais brasileiras. De acordo com ele, a manifestação quer alertar a sociedade que a crise econômica que afeta o Brasil não pode atingir à educação. “A educação não pode pagar pela crise. A sociedade precisa entender e combater isso”, disse Coelho.
Para a professora Simone Fontana, que também é coordenadora geral do Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), o ato também traz à tona os problemas enfrentados pelos docentes nas escolas públicas. “Estamos, mais uma vez, denunciando a desvalorização dos professores. Um País que se diz pátria educadora cortou R$ 7 bilhões para a educação. Em Pernambuco, o governador, em sua campanha eleitoral, disse que ia dobrar o salário dos professores e o que acontece é este reajuste que não beneficia a categoria como um todo. Isso tudo mostra a falta de compromisso com a valorização dos professores e da educação”, declarou Simone.
E mais uma vez o governador Paulo Câmara foi alvo das críticas de alunos e professores. Segurando um boneco em alusão ao gestor do Estado, a professora da Rede Estadual Albênia Silva, com 20 anos de profissão, afirmou que as escolas estaduais estão cada vez piores. “A desvalorização está crescendo a cada dia. É escola sem estrutura física, assédio moral com o professor... Nosso piso, que agora foi tirado de pauta da Alepe, virou uma interrogação”, reclamou a docente. Sobre o governo local, a professora disse que Paulo Câmara mentiu para os professores, quando não deu um reajuste “justo” para a categoria.
Os manifestantes continuaram em frente ao Ginásio Pernambucano com um carro de som e dando oportunidade para que as pessoas falassem sobre os problemas que afetam a educação brasileira. Muitos prometeram participar da assembleia dos professores das escolas estaduais, marcada para as 9h desta sexta-feira (27), no Teatro Boa Vista, centro do Recife. É possível que os docentes deflagrem greve na reunião.