Tópicos | Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF)

De acordo com o relatório divulgado ontem (3) pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), 40% dos cigarros vendidos no estado de São Paulo são itens de contrabando.

A pesquisa mostra que no primeiro semestre deste ano (2017), 6,8 bilhões de cigarros ficaram livres de impostos. Com isso, o governo estadual deixou de arrecadar R$ 1,6 bilhão. “O Brasil nunca esteve em uma crise econômica como essa que faz com que os consumidores migrem para produtos mais baratos e, obviamente, contrabando, por não pagar imposto, tem um preço muito mais baixo”, declarou o diretor da ACBF, Rodolpho Ramazzini.

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A entidade estima que outros setores também apresentem índices de ilegalidade, como o setor de confecção, o ramo de autopeças e bebidas. Segundo Ramazzini, o contrabando é possível por causa da pouca eficiência no controle das fronteiras terrestres. “As fronteiras estão desguarnecidas de fiscalização, assim como as grandes cidades, onde faltam agentes e equipamentos para realizar fiscalização de uma maneira muito mais efetiva.”

A concorrência com itens que não pagam impostos enfraquecem a indústria brasileira, de acordo com o pesquisador do Observatório do Mercado de Ilícitos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), João Henrique Martins. “À medida que ele cresce, vai tomando pedaços do mercado legal. Sem uma política de controle estrutural sobre isso, alguns setores vão simplesmente deixar de existir.”

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