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Integrantes da cúpula do Senado afrouxaram, a menos de um mês do início oficial da campanha, algumas regras de reembolso da Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar utilizada por eles e demais colegas. A medida beneficia diretamente 47% dos senadores (38 dos 81) que vão disputar as próximas eleições.

Ato Normativo publicado em 12 de junho concede aos senadores o reembolso de aluguel de automóveis e hospedagem, gerado pelos servidores do gabinete e das lideranças partidárias, no Estado de origem do parlamentar.

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A nova regra foi estabelecida pelo primeiro-secretário do Senado, Flexa Ribeiro (PSDB-PA), e altera norma anterior imposta pelo próprio tucano em abril deste ano. Naquela ocasião, não estava previsto o ressarcimento para gastos provenientes dos funcionários dos gabinetes e das lideranças nos Estados. A cota, de acordo com o Ato Número 5, restringia o uso para situações em que o próprio parlamentar tivesse de recorrer ao aluguel de automóveis e hospedagem no reduto eleitoral.

O novo texto determina que a verba indenizatória destina-se ao reembolso das despesas efetuadas com "locação de meios de transportes destinados à locomoção dentro do Estado de origem e hospedagem do parlamentar, e dos servidores do gabinete parlamentar, de liderança ou de membro da Mesa".

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A regra vem se somar a outro benefício já utilizado pelos senadores, que é o pagamento de passagens aéreas com recursos da cota a funcionários comissionados do gabinete.

A publicação deste Ato Normativo ocorreu 24 dias antes do dia 6 de julho, data oficial do início da campanha eleitoral deste ano. De acordo com o regimento do Senado, os parlamentares têm direito a manter escritórios nos redutos eleitorais. A Lei Eleitoral veda, no entanto, o uso de servidores como cabos eleitorais, salvo se o empregado estiver licenciado. Embora a lei estabeleça alguns limites, o controle das atividades dos funcionários nos escritórios estaduais fica sob a guarda do próprio "senador candidato", que designa um, entre os contratados com cargo de confiança, para, por exemplo, atestar a frequência dos demais.

Além do salário de R$ 26,7 mil mensais, os 81 senadores recebem, atualmente, uma cota de R$ 15 mil por mês, mais o valor correspondente a cinco passagens aéreas igualmente mensais de ida e volta da capital do Estado de origem a Brasília.

No mesmo ato normativo, também há a flexibilização das regras referentes à "divulgação da atividade parlamentar".

Entre as formas utilizadas pelos senadores para popularizar iniciativas tomadas no mandato estão a criação de folders, sites e até a inserção de matérias pagas em alguns veículos de comunicação, entre outros. Num primeiro texto, publicado em abril deste ano, estava previsto que, a partir daquele mês, o que correspondia a 180 dias das eleições, os senadores não seriam reembolsados quando gastassem com a divulgação do mandato.

Num novo ato de junho criou-se uma brecha autorizando os senadores que não vão disputar as próximas eleições a usar a verba para os gastos com a divulgação de suas atividades, mesmo durante o período do pleito.

Adicional de embarque

Nas semanas que antecedem a disputa eleitoral deste ano, os senadores também ganharão um reforço financeiro no sistema de diárias. Em maio deste ano, foram feitas alterações nas regras internas permitindo aos parlamentares e alguns servidores com função de chefia receber "adicional de embarque", no valor de R$ 219,85.

Esse montante será pago ao seleto grupo nas viagens feitas para as capitais dos Estados e cidades com mais de 200 mil habitantes. Inicialmente, o ato normativo de 9 de abril, que trata do assunto, não previa esse reembolso. Para evitar possíveis "prejuízos" ao bolso dos senadores, a decisão de se pagar a taxa é retroativa ao início de abril deste ano.

Procurado pela reportagem, o Senado não explicou para que exatamente vai servir esse "adicional de embarque" nem justificou a razão de sua adoção. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com as eleições se avizinhando e a inserção digital na comunicação das campanhas pertidárias sendo ampliada, o Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco vai realizar, nesta quinta-feira (24), uma Oficina de Comunicação Digital voltada para os assessores dos parlamentares petistas e dos pré-candidatos, além de militantes que se interessarem pela área. 

O evento contará com a participação do vice-presidente nacional da legenda, Alberto Cantalice, e de petistas de outros estados do Nordeste. A oficina está agendada para as 9h30 no Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) e será dividida em duas partes, a primeira para os assessores e outra direcionada a militância em geral. 

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O novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nomeou três procuradores que tiveram seus nomes rejeitados pelo Senado para ocuparem cargos nos conselhos nacionais do Ministério Público (CNMP) e de Justiça (CNJ). Os procuradores da República Vladimir Aras e Wellington Saraiva foram designados, respectivamente, para as secretarias de Cooperação Internacional e de Apoio Jurídico.

Os senadores barraram em votação secreta, em julho, Vladimir Aras para o CNMP e, um mês depois, Wellington Saraiva para o CNJ. Janot também nomeou o procurador regional Nicolao Dino, irmão do presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) e pré-candidato ao governo do Maranhão, Flávio Dino, secretário de Relações Institucionais. Caberá a ele, entre outras tarefas, fazer a interlocução com os demais poderes. Flávio Dino é inimigo da família Sarney.

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Ao contrário da gestão do antecessor Roberto Gurgel, que contava apenas com um pequeno grupo de confiança, Janot já chamou 10 integrantes do MP Federal que oficiam em instâncias inferiores e até uma promotora de Justiça do Distrito Federal. Somente três nomes são de subprocuradores-gerais da República, aqueles que estão no topo da carreira da instituição. "O Rodrigo Janot escolheu os melhores da carreira", afirmou o presidente da Associação dos Procuradores da República (ANPR), Alexandre Camanho. "O Legislativo viu um novo diálogo com o procurador-geral. É preciso, portanto, que o próprio Legislativo olhe para frente. As escolhas não são uma afronta. São para acertar e tentar um Ministério Público melhor", completou.

No topo da carreira, as opiniões se dividem sobre as mudanças feitas pelo novo chefe do Ministério Público Federal. O subprocurador-geral da República Brasilino Santos elogiou ao a iniciativa, vendo-a como "otimista" e a classificando como "inteligente". Ele disse que todos estavam acostumados com um gabinete do procurador-geral "como se fosse onipresente". "Ele teria de estar em todos os espaços ao mesmo tempo", disse, ao lembrar que desde a Constituição de 1988 as atribuições do cargo cresceram "muito", transformando-o em um "superórgão".

Contudo, Santos admitiu que a medida já está causando "estremecimento" entre subprocuradores. Por sua vez, o colega Moacir Guimarães criticou a decisão. Para ele, Janot não está aproveitando a "expertise" de quem está no topo da carreira. "Qual foi o critério (para essas nomeações)? É um critério muito pessoal: por que não eu?", questionou.

O jornalista Thomas Traumann, porta-voz da Presidência, afirmou nesta sexta que o ex-diretor-geral do Dnit Luiz Antônio Pagot mente ao levantar suspeitas sobre eventuais vazamentos ocorridos no Planalto. "Não conheço os senhores Pagot, Cachoeira, Claudio Abreu ou as tais ‘pessoas ligadas a eles’", disse. "A suspeita levantada pelo sr. Pagot é caluniosa, além de absurda."

"Nunca tive acesso a nenhuma informação sigilosa do Ministério dos Transportes, portanto, nunca poderia vazá-la. Meu único contato com a reportagem de Veja no episódio foi transferir suas demandas para o Ministério dos Transportes", disse Traumann, que na época atuava na Secretaria de Comunicação Social. "No que diz respeito ao meu nome, o senhor Pagot mente."

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Em nota, o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais, Olavo Noleto, disse: "Nunca fui apresentado, não conheço e nunca falei com Carlos Cachoeira, tampouco agi em benefício dele". A revista Veja não se pronunciou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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