Tópicos | AraKetu

Nem só de ‘aê aê aê’ e ‘ôooo ôooo’ vive a música baiana. Apesar de ter sido consagrado como ritmo para ‘tirar o pé do chão’ e ‘correr atrás do trio’, alguns hits do axé são recheados de mensagens sociais, conscientização e até protesto. O LeiaJá deu uma garimpada e fez uma seleção de músicas do gênero que trazem em suas letras densidade e conteúdo bem ‘cabeça’, dignos das playlists mais sérias, mas é claro, sem deixar a alegria e animação de lado. 

Protesto do Olodum 

##RECOMENDA##

Esse clássico da música baiana traz o protesto logo em seu título. A canção do grupo Olodum chama atenção para a prostituição no bairro do Pelourinho, o aumento da Aids no país e o abandono da região Nordeste por parte dos governantes brasileiros. A música ganhou tamanha importância no cenário baiano que foi regravada por diversos artistas.  

Devastação 

A música lançada por Margareth Menezes em 1988 não poderia soar mais atual. Naquela época, a baiana já clamava pela necessidade da preservação da natureza do país. A letra ainda passa pela pobreza e pela importância da atuação dos que “têm poder” para garantir o futuro da nação. 

Atual Realidade

O pai do axé também já cantou em favor da natureza. Nessa canção, Luiz Caldas diz que desmatar é uma “burrice” e também envereda pelo lado da política dizendo que “eleger um cara que só dá mancada”, também não “tá com nada”. 

Xibom Bombom

O grupo As Meninas fez um grande sucesso, no final dos anos 1990, com o refrão chiclete de Xibom Bombom. A música, no entanto, trazia uma reflexão sobre a desigualdade social no país “onde o rico cada vez fica mais rico e o pobre cada vez fica mais pobre”. Uma forma descontraída de denunciar a exploração do trabalho e a luta de classes no no Brasil. 

Apertheid da Alegria

Luiz Caldas também questionou a comercialização do Carnaval em outra de suas canções. Apertheid da Alegria critica a indústria que se apoderou da folia baiana com camarotes e abadás. Para o artista, a "chuva de grana" da festa causa separatismo, atingindo a espontaneidade do Carnaval. 

Conversa Fiada

Em 1991 a Banda Mel já dava o recado: “consciência anda faltando”. Em Conversa Fiada, a banda já dizia que não acreditava no papo de que o Brasil é o país do futuro e que cantar seria uma das formas de mostrar a indignação do povo. 

Respeito é bom e eu gosto

Mais uma do pai do axé, ícone do gênero. Nesta música, ele fala contra intolerância e até contra a polarização que toma conta do país atualmente. Aqui, Luiz Caldas relembra  a importância do respeito entre as pessoas, independente de sua orientação política, sexual e religiosa. Um verdadeiro hino contra o preconceito. 

Proibido o Carnaval

No início de 2019, Daniela Mercury lançou, em parceria com Caetano Veloso, esse axé que fala sobre censura, liberdade sexual e citou até a ministra de Estado da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves. A música ‘brinca’ com uma possível proibição da maior festa popular do Brasil, curiosamente, meses mais tarde no mesmo ano de 2019, a Câmara Municipal de Salvador aprovou um projeto que proíbe a realização de festas na Quarta-Feira de Cinzas, derradeiro dia da folia. 

Crianças Desabrigadas

Aqui, o Araketu denuncia o sofrimento de crianças em situação e rua e abandono, que acabam levadas ao vício de drogas e situações de violência. A mensagem da canção é sobre a necessidade de ajudar esses pequenos.  

Cansei de esperar

Mais uma do Olodum, grupo que, além de ter em seu repertório diversas canções com mensagens de conscientização, exerce há 40 anos um trabalho de valorização da cultura afro-brasileira e enfrentamento ao racismo. Em Cansei de Esperar, a banda fala sobre a luta pela liberdade e igualdade racial. 

Na próxima sexta-feira (31), a banda baiana Araketu, que fez bastante sucesso na década de 1991, se apresenta na capital pernambucana, no Roof Tebas. O evento começa às 22h e o ingressos para acesso podem ser adquiridos no site Sympla, nos valores de R$ 40 (meia entrada) e R$ 45 + 1 kg de alimento (lote social). 

No repertório do grupo vai tocar hits como, ‘Avisa lá’, ‘Faraó’, ‘Mal acostumado’, ‘Bota pra ferver’ e ‘Pipoca’. O agito ainda conta com o set nostálgico dos DJs Geléia, Korossy, Riana Uchôa, Jaiara Fontes e apresentação da banda Gambiarra.

##RECOMENDA##

Serviço:

Oh Baby Me Leva com Araketu

Sexta-feira (31) | 22h

Roof Tebas (Rua da Concórdia, Bairro de São José)

Ingressos: R$ 40,00 (meia entrada) e R$ 45 + 1kg de alimento ( lote social)

A festa Odara Ôdesce abre seu calendário de prévias carnavalescas no Recife com um show da banda Araketu e das DJs Allana Marques e Lala K, no próximo sábado (3). A festa que começa às 21h, só deve se encerrar no domingo (4). 

A banda deve tocar músicas antigas que fizeram sucesso nas décadas de 90 e 2000, como 'Mal Acostumado', 'Cobertor' e 'Pipoca'. Já as DJs vão tocar músicas de artistas consagrados como Gilberto Gil, Jorge Ben, Luiz Gonzaga e Elis Regina. 

##RECOMENDA##

Os ingressos custam R$ 45 e estão à venda no Haus Bar, Loja Avesso e online pelo site Eventick. 

Serviço 

Prévia Carnavalesca 'Odara Ôdesce' com Araketu e DJs Allana Marques e Lala K 

Sábado (3) | 21h 

Catamarã (Forte das Cinco Pontas - São José)

R$ 45

[@#galeria#@]

Por Thamiris Barbosa

##RECOMENDA##

A penúltima noite da Corrida das Galinhas, neste sábado (10), começou tranquila, com crianças aproveitando os brinquedos na praça Alberto Paiva, além do trio elétrico a barca maluca – pintinho sapeca, que fez um giro na centro da cidade e animou todo mundo. Depois foi a vez dos adultos se divertirem. Vários grupos de amigos se reuniram na concentração da festa para brincar e esquentar a noite fria do Agreste do estado.

Antes do desfile de trios, os bonecos gigantes de Olinda também marcaram presença no evento e, junto com a banda, fizeram o famoso esquenta do público e desfilaram por todo o centro de São Bento do Una. Por volta das 21h já era possível ouvir os primeiros batuques, para alegria do povo. Os Barababás foram responsáveis por abrir oficialmente à noite e colocar todo mundo pra dançar ao som do arrocha e do pagode.

Logo depois, foi a vez do trio galo jegue tomar conta da praça, com a banda Asas da América. O chamado “arrasta povão” fez jus ao nome e colocou o público para pular ao som de forró e axé. Um destaque do trio são as dançarinas e atores que também fazem parte da apresentação e chamam a atenção com o jeito irreverente de dançar e de chamar as pessoas para a folia. As roupas também foram um destaque à parte, deixando o trio mais especial.

A atração seguinte chegou e desde a hora que saiu da concentração, arrastou a multidão. A banda baiana Araketu tocou grandes sucessos da carreira e animou desde os foliões que estavam no chão, até os que preferiram aproveitar o conforto dos camarotes espalhados pela cidade.

“É um prazer muito grande estar na Corrida das Galinhas. É um evento diferenciado e divertido. Eu sinto muito em não poder ficar para o último dia de festa, porque vou ter que viajar pra Salvador”, comentou Tatau, vocalista da banda, minutos antes de começar o show. Músicas românticas, agitadas e releituras de canções atuais fizeram parte do repertório da banda.

Seguindo as apresentações, a banda É O Tchan, que fez parte da infância e adolescência de muita gente e continua animando por onde passa, subiu no trio elétrico pipoca e cantou os principais clássicos do repertório. Compadre Washington chamou todos para pular junto com a banda. Encerrando a noite, foi a vez do forrozeiro pernambucano Geraldinho Lins, no bloco arrocha o pinto, esquentar mais ainda com um forrozinho “danado de bom”, para dançar a dois.

A noite continuava fria, mas a animação da banda fez o povo esquecer do pequeno detalhe. “Nem lembro da temperatura quando vou pro meio da multidão dançar”, exclamou Patrícia Silva, moradora de São Bento do Una.

A estimativa é de que a festa conte, a cada noite, com cerca de 30 mil pessoas. A prefeita Débora Almeida comentou o sucesso do evento e da importância para a movimentação da cidade. “É a principal festividade do município. É um evento que começamos a planejar desde o início do ano e que a cada edição se supera”, comemorou.

O Rio Vermelho em Salvador presenciou o reencontro entre o vocalista Tatau e a banda Araketu, na tarde desta quinta-feira (5), no São Jorge Botequim, em Salvador. O cantor havia saído da banda em 2008 para tentar carreira solo, com contrato já assinado com a gravadora Deck Disk. Em coletiva de imprensa, o vocalista convidou amigos e familiares para fazer o lançamento do novo clip da banda, A volta, e cantou sucessos como Protesto Olodum, Faraó, Fanfarra e Mal acostumado.

AraKetu e Tatau tiveram uma história musical de 23 anos até a saída do vocalista, que durou quatro anos. Aos 33 anos, Tatau afirma que foi convidado pela produção da banda. "Foi tudo tranquilo e como eu imaginava. Tive uma história linda com o Ara. Ela foi minha escola, aprendi tudo. Foi lá que me transformei em um artista”. No período em que esteve fora o Ara a banda foi liderado pela cantora Larissa Luz que agora afirma ir trabalhar com músicas de matrizes afro.

##RECOMENDA##

O AraKetu surgiu em 1989 ligado ao Bloco Araketu e já teve contou com participações de artistas internacionais como Jimmy Cliff, Julio Iglesias e Elvis Crespo. Com 17 álbuns lançados, cantor e banda oficializam o reencontro no dia 3 de agosto, em Além Paraíba, no Rio de Janeiro.

*Por Diogo de Oliveira

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando