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O ano legislativo tem início, na próxima segunda-feira (3), com sessão solene do Congresso Nacional. Com tantos projetos polêmicos pendentes - como o Código de Mineração, Código Civil da Internet e a reforma ministerial - e um ano apertado devido às eleições e à Copa do Mundo, a cerimônia deverá indicar como serão as votações nos próximos meses.

Tradicionalmente, a sessão marca o encontro entre os três poderes. O primeiro ato será a transmissão da mensagem da Presidência da República para os parlamentares, que será feita pela própria Dilma Rousseff. Ela irá abordar as expectativas e planos do Executivo para o ano. Em seguida, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, apresentará as prioridades do Judiciário.

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A sessão será encerrada com a palavra do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros. Depois de um ano de tantos conflitos entre os três poderes, é esperado que ele reafirme a independência do Parlamento e a necessidade de cada um exercer as suas competências sem interferências nos demais poderes.

Após recesso, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) retoma as atividades parlamentares na próxima segunda (3). Na primeira sessão ordinária, que está marcada para as 15h, será instalada a 4ª Sessão Legislativa, pela Mesa Diretora. Entre os itens da pauta para o primeiro semestre de 2014 consta a realização do concurso público para Casa, para o preenchimento de 100 vagas. Os aprovados devem ser nomeados até junho, por causa do processo eleitoral.

A sessão legislativa de 2014 na Alepe vai contar com a nova reestruturação da oposição, já que o PT e o PTB deixam a base do governo e o PSDB passa a integrá-la. Os partidos já elegeram um novo líder para o colegiado, o deputado Sérgio Leite (PT), que deve iniciar as conversas e a definição das estratégias também nesta segunda. Outra novidade será a presença dos quatro deputados que estavam licenciados e ocupando cargos no Governo de Pernambuco. Os deputados Isaltino Nascimento, Aluísio Lessa e Laura Gomes, todos do PSB, e Alberto Feitosa (PR) retomarão as atividades parlamentares. Como retorno, os deputados José Humberto Cavalcanti (PTB), Sebastião Rufino (PSB), Ossesio Silva (PRB) e Isabel Cristina (PT) voltam à suplência.

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Além disso, a Casa Joaquim Nabuco vai ganhar um novo anexo. O edifício João Negromonte deve ser inaugurado ainda no primeiro semestre e abrigará os gabinetes da Presidência, da Primeira-Secretaria, dos 49 deputados e das lideranças do Governo e da Oposição. O superintendente-geral Marcelo Cabral explicou que, no segundo semestre, será concluída a construção do prédio que vai abrigar o Plenário, o auditório e os Plenarinhos. Ainda segundo ele, o edifício Senador Nilo Coelho, onde estão instalados atualmente os gabinetes dos parlamentares, passará por uma reforma a fim de comportar os demais setores do Legislativo.

O Marco Civil da Internet e o Código de Mineração devem ser votados logo na abertura do ano legislativo, em fevereiro de 2014. Pelo menos, é o que espera o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves. Já a esperada reforma política deverá ser votada até abril.

O acúmulo de matérias deixadas para o próximo ano causa preocupação, pois a agenda será apertada devido as eleições e à Copa do Mundo. Ainda assim, o deputado está otimista. "A questão do Código de Mineração é fundamental para o país devido às suas grandes riquezas minerais. Ampliações e novos investimentos estão parados apenas aguardando essa votação", disse. O Marco Civil da Internet ainda não têm acordo para a votação, mas Alves quer apressar as deliberações. "Em fevereiro, vamos ter de votar de qualquer maneira: ou se aprova, ou há derrota, ou se ganha aqui, ou se perde acolá, mas vamos votar", assegurou.

Alves lamentou o fato de o projeto de reforma política não ter sido votado em 2013, mas garantiu que essa é uma das prioridades para o próximo ano. "Pedimos desculpas ao povo brasileiro por não termos votado ainda. A matéria trata do financiamento das campanhas, do sistema eleitoral, do processo eleitoral, dos mandatos, uma infinidade de temas que a população reclama e o Parlamento não conseguiu construir maioria sólida para essa votação". Ele frisou, inclusive, que os parlamentares não irão aceitar intervenções do Poder Judiciário. "Esse é um tema estritamente da competência do Poder Legislativo. Espero que o Judiciário contenha-se aos seus limites constitucionais, para que não tenhamos aí um constrangimento de ter que partir para um enfrentamento entre poderes", salientou.

Entre os destaques do ano está a aprovação da medida provisória dos portos, com discussões acaloradas e sessões que vararam a madrugada. "É uma modernização que representa mais competitividade e ampliação, trazendo capital privado para impulsionar os portos do nosso país", ressaltou. A PEC das Domésticas também foi lembrada. "Era uma lacuna muito grave em relação aos direitos sociais do povo. Os trabalhadores domésticos tiveram regulamentação da profissão e acesso aos direitos em relação à jornada de trabalho, a salários". Segundo ele, a regulamentação da nova norma deve ser votada no início do próximo ano.

Na tarde desta segunda-feira (4), haverá a abertura oficial dos trabalhos da sessão legislativa de 2013. A cerimônia terá início às 14h com a sessão marcada para as 16h.

Se não chover, a cerimônia terá início na rampa de acesso ao Salão Negro do Congresso, com a chegada do presidente eleito do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também preside Congresso Nacional. Ele será saudado pelos Dragões da Independência e a guarda de honra do Exército. Ele assistirá execução do Hino Nacional e o hasteamento das bandeiras. Haverá ainda a Salva de Gala de 21 tiros de canhão e, em seguida, o presidente passará revista a tropa.

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Ao subir a rampa, Renan encontra-se com os secretários da Mesa e diretores gerais da Câmara e do Senado e segue até o meio do caminho, onde estará o novo presidente da Câmara, acompanhado de lideranças parlamentares das duas Casas. Se chover, a cerimônia é transferida para a Chapelaria do Congresso Nacional.

Já no Salão Negro, os presidentes das duas casas serão recebidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, e pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Juntos, todos seguem para o Plenário da Câmara para dar início à sessão solene. A presidente Dilma Rousseff não estará presente, pois estará no estado do Paraná.

Na sessão solene de abertura dos trabalhos, o primeiro ato é receber oficialmente a mensagem enviada ao Poder Legislativo pela presidente da República, Dilma Rousseff. A carta será entregue por Gleisi Hoffmann. A leitura será feita pelo 1º secretário da Mesa do Congresso (que também é o primeiro secretário da Mesa da Câmara). A mensagem para o Legislativo trata das expectativas e planos do Executivo para o ano de 2013 e das parcerias que podem ser feitas com os demais Poderes.

Em, seguida, será a vez de Joaquim Barbosa fazer a apresentação do STF para 2013. A sessão solene é encerrada com discurso do presidente do Congresso.

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