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Após um ensaio fotográfico raro em família, Angelina Jolie e Brad Pitt parecem estar muito mais abertos a falar da vida do casal ao público. Nesta segunda-feira, dia 2, o canal NBC exibiu em seu programa Today Show, a entrevista dos atores para Tom Brokaw para promover o filme By The Sea.

Além de falar sobre a vida dois, a carreira e família, o casal relembrou uma fase muito difícil na vida de Angelina, quando teve de fazer uma mastectomia em 2013 e, no começo deste ano, retirar os ovários. Para atriz, poder ter a parceria do marido foi importantíssimo em sua vida:

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- Para enfrentar estas questões em conjunto e falar sobre eles e falar sobre o que é ser humano, eu acho que pode ser uma coisa bonita. Acho que da forma que ele fala sobre minha força, ele deixou muito claro para mim que o que ele amava, o quanto eu era mulher para ele, era alguém que era inteligente e capaz e amava sua família.

A atriz ainda revelou que os médicos que cuidam dela, são os mesmos que cuidaram de sua mãe, que faleceu em 2007, vítima do câncer de ovário:

- Tivemos alguns dos mesmos enfermeiros, alguns dos mesmos médicos. Então, a médica que fez minha cirurgia de ovário era a médica da minha mãe. E, aparentemente, a minha mãe tinha dito a ela: Me prometa que você vai tirar os ovários de Angie. Então, quando nós meio que ficamos juntos, nós dois tivemos um grande momento, e ela disse: Eu prometi a sua mãe, e eu tenho que fazer isso.

Para Brad Pitt, foi difícil não estar ao lado da esposa no momento da retirada de seus ovários. Mas reconhece a força e coragem que sua esposa teve para enfrentar tudo isso não só por ela, mas também pela família:

- Eu estava na França, e Angie me chamou e eu estava entrando em um avião para voltar. Ver minha esposa ter que ser a mais forte e sabendo que era uma notícia assustadora, era um momento terrível. E não estar lá é uma sensação horrível. Mas não houve vaidade da minha mulher. Ela foi madura. Esta é a nossa vida e nós vamos fazer o melhor dela. Houve uma força neste momento. Era apenas mais uma daquelas coisas na vida que faz você com mais receio, e ela estava fazendo isso pelas crianças, e ela estava fazendo isso pela sua família para que pudéssemos estar juntos.

Talvez seja exagero dizer com todas as letras que "Angie" é um bom filme, mas é bem dirigido e interpretado. Tem até uma belíssima ideia de mise-en-scène, quando um personagem, de costas, encobre um quadro na exposição da protagonista. Quando ele se volta e o espectador vê a pintura, o enigma do filme é desvendado sem que uma palavra seja dita.

Márcio Garcia é certamente um homem bonito, com pinta de galã. Oprah Winfrey, na TV dos EUA, chegou a chamá-lo de 'Brad Pitt brasileiro'. Mas Márcio, com alguma frequência, tem sido o homem no lugar errado. Os franceses gostam de se referir à má estrela que persegue determinadas figuras. No cinema, o diretor Nicholas Ray e a atriz Patricia Neal teriam tido essa mauvaise étoile. Márcio Garcia foi atropelado pela ascensão de Rodrigo Lombardi na novela "O Caminho das Índias", de Glória Perez, e também não foi um grande apresentador. Como diretor, tem investido numa carreira internacional, com projetos de Hollywood, o que o torna suspeito aos olhos de boa parte da crítica brasileira.

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Seu curta "Predileção" foi vaiado no Festival de Gramado, embora seja benfeito e revele uma faceta que Márcio Garcia confirma em "Angie". Ele é muito bom diretor de atrizes.

Transformou Guilhermina Guinle em mulher fatal no curta sobre assalto a banco que tem uma perseguição bem filmada. Márcio mostra agora que Camille Belle não é só bela (até no nome). Ela cria com sensibilidade uma personagem que não é fácil.

Pode ser que tenha sido o sentimento de ser meio deslocado que levou Márcio Braga a se envolver no projeto de "Angie". A garota que busca o pai e mora numa barraca vive entre duas culturas - como ele, querendo fazer filmes em inglês. Angie passa um sentimento de precariedade emocional e ela se envolve com um jovem policial que também vive num trailer. Colin Egglesfield faz o papel. Andy Garcia é um sem-teto e Juliette Lewis é a dona de uma lanchonete de beira de estrada. Todo mundo está bem e a história, sem grandes conflitos, às vezes improvável (mas nunca impossível), é intimista, familiar. Depois do policial, Márcio Garcia se aventura em outro registro. Márcio precisa centrar-se mais, mas o cara que tantas vezes pareceu à deriva finalmente está no lugar certo como diretor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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