[@#galeria#@]
Há vários séculos um homem pensou a criação do mundo de forma incomum. Para ele, o amor poderia ser diferente do que as pessoas estavam acostumadas a presenciar. A partir desse pensamento escreveu um livro e em uma das histórias esse amor é narrado para além das fronteiras do tradicional.
##RECOMENDA##Esse homem era Platão. Ele escreveu o livro “O Banquete” e nele está o mito do “Andrógino”, que atravessou os séculos e hoje serve de inspiração para vários artistas.
Igor Moura e uma equipe de 15 artistas criaram o espetáculo “Eros: gênesis do amor e da ausência”, com o objetivo de mostrar às pessoas que o amor pode ser realizado de várias formas. “No gênesis do mundo existiam três seres: homem, mulher e a união dos dois, que era o ser andrógino”, afirma o artista. Ele acrescenta que o espetáculo tem um apelo político grande, porque enfatiza as relações homossexuais. “O mito tenta quebrar um pouco desse pensamento para falar do amor que é universal”, comenta.
Rita Ribeiro, artista, disse que o espetáculo aborda formas diferentes de poder e amor. “Cada um deles na sua forma vivenciava o amor pleno, realizado, e não dependiam de Deus para isso. Daí vem a história da busca pela falta dessa outra parte. Mas o que eu acho interessante é essa possibilidade de colocar em condições de absoluta igualdade e naturalidade as três formas de amor”, finaliza.
O projeto tem o apoio do Programa de Incentivo à Arte e à Cultura – Seiva, que é desenvolvido pela Fundação Cultural do Estado do Pará. O espetáculo ocorre nos dias 8 e 9 de setembro, às 17 e 20 horas, na Casa das Artes. Entrada franca.
Por Bruna Oliveira.