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Vencedora de um Emmy Internacional por Caminho das Índias e dona de diversos sucessos no horário nobre da Rede Globo, Glória Perez parece ter perdido a mão em Salve Jorge. A trama global que mostra o tráfico humano e trouxe a cultura turca como grande chamariz, vem apresentando erros que põem em cheque a credibilidade da história e inspiram queixas do público nas redes sociais.
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A primeira impressão negativa da história é levantada desde o sucesso de O Clone: a ponte aérea entre os locais exóticos escolhidos e o Rio de Janeiro, cenário principal de todas as tramas. Em um voo normal do Rio de Janeiro até Istambul se leva cerca de 13h, mas na novela de Perez os personagens chegam ao Rio quase instantaneamente e sempre possuem uma passagem em mãos.
Outro problema apontado, desta vez técnico, é que algumas cenas filmadas na Capadócia ainda em 2012 foram mescladas com cenas de estúdio feitas no Brasil e, enquanto a protagonista nas cenas atuais apresentava o cabelo completamente cacheado, nas cenas antigas ele estava alisado. Em outros momentos, ela caminha nos paradisíacos cenários do país sem exibir nenhum vestígio de barriga, quando a personagem se encontra grávida.
Eduardo Tibério, servidor público que acompanha a novela, garante que "Os erros não impedem o entendimento da trama". Mesmo assim, para ele, "Os detalhes do roteiro são contraditórios e, no fim, ficam extremamente mal executados, comprometendo a qualidade do produto". A autora se defende e publicou em seu twitter oficial, em resposta a uma mensagem de um fã: “Pobre de quem não consegue voar!”.
A última polêmica envolvendo a atração das 21h da Rede Globo foi a volta da seringa letal de Lívia (Cláudia Raia). A chefe da rede de traficantes de pessoas assassinou Rachel (Ana Beatriz Nogueira), que descobriu a verdadeira identidade da vilã. A cena se passou em um elevador de um hotel turco. Nela, ao tentar fugir, a antagonista se encontra acidentalmente com sua delatora que falava ao telefone com a delegada Helô (Giovanna Antonelli).
Lívia, que já estava com uma seringa letal em suas mãos, apenas esperou Rachel se virar e aplicou o líquido em seu pescoço. Poucos segundos depois a vítima caiu morta no piso dp elevador e a malvada saiu como se nada tivesse ocorrido. A ideia de assassinar usando o veneno divide opiniões, enquanto a vendedora Leilane Bezerra acredita ser "estranho usar desse artifício para o assassinato. Seria mais fácil, menos original, mas mais perto da realidade se fosse com revolver, normal, casual", já Tibério considera a ideia ótima. "Isso caracteriza bem uma personagem, dá credibilidade à força dela", diz ele.
Mas ambos são unânimes ao considerar que as cenas da segunda morte foram mal feitas. Em especial a questão do elevador sem câmeras em que foi assassinada Rachel. Ao tentar rebater as críticas, Glória Perez postou um desabafo em seu twitter:
"Vou desenhar pra um grupinho aqui:Jura q ninguém aí nunca ouviu falar em câmeras q nāo funcionam qd é conveniente? Só pra lembrar de casos mais recentes,Vide as de Santa Maria, as do caso Bruno: nos dois hoteis q podiam comprovar o sequestro de Elisa as fitas enguiçaram aquele dia! Justo naquele dia! E depois dizem que gostam de realidade! :-))))) aff hem?", (sic).
Ela continua afirmando que "se a vida real fosse tāo certinha como um pessoal aqui imagina a policia pegava qqr criminoso!" (sic). Apesar das críticas e do IBOPE morno, a novela manterá o número de capítulos acordados inicialmente, que são 179.