O presidente Jair Bolsonaro (PSL) atacou a ex-presidente do Chile e alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, ao mencionar o seu pai, Alberto Bachelet, morto pela ditadura militar chilena.
O comentário do presidente aconteceu depois que Michelle disse, em uma entrevista coletiva em Genebra, que no Brasil estava acontecendo “uma redução do espaço cívico e democrático, caracterizado por ataques contra defensores dos direitos humanos, restrições impostas ao trabalho da sociedade civil".
##RECOMENDA##Em publicação no Facebook, Bolsonaro comparou Bachelet com o presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a agenda de direitos humanos era de “bandidos” e citou o pai dela como um comunista.
“Michelle Bachelet, Comissária dos Direitos Humanos da ONU, seguindo a linha do Macron em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares”, observou o presidente.
“Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época”, emendou o presidente.
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O pai de Michelle, Alberto Bachelet, era general da Força Aérea e se opôs ao golpe dado por Augusto Pinochet em setembro de 1973 no Chile. Alberto foi preso, torturado e morreu sob custódia, em fevereiro de 1974.