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A decisão de deixar o Paris Saint-Germain para jogar no Al-Hilal, da Arábia Saudita, gerou debate sobre uma possível falta de motivação esportiva de Neymar. Para o jogador de 31 anos, contudo, a mudança para um centro de menos tradição é uma oportunidade de deixar o seu nome ainda maior no futebol mundial. Pouco depois de ser anunciado pelo novo time, ele explicou as razões que o levaram a se aventurar no mundo árabe.

"Eu conquistei muito na Europa e desfrutei de momentos especiais, mas eu sempre quis ser um jogador global e me testar com novos desafios e oportunidades em novos lugares", disse. "Eu quero escrever uma nova história no esporte, e a Saudi Pro League tem uma energia tremenda e jogadores de qualidade no momento. Ouvi muito e aprendi que estou acompanhando uma longa lista de jogadores brasileiros que jogaram na Arábia Saudita ao longo dos anos, então acredito que este é um lugar desejado", concluiu.

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Neymar esteve, nesta terça-feira, no Four Season George V Hotel, em Paris, onde participou de uma cerimônia de assinatura de seu contrato. O evento contou com a presença de Fahad Bin Saad Bin Nafel, presidente do conselho de administração do Al-Hilal, que disse acreditar em um "futuro brilhante" para a parceria entre clube e jogador.

"Neymar Jr é um ícone global que trouxe alegria e prazer a todos os fãs onde quer que jogue. Os holofotes estão sempre voltados para ele e ele sempre responde a isso. Estamos muito satisfeitos por tê-lo no Al-Hilal, o clube mais bem-sucedido de toda a Ásia", disse o dirigente. "Ele é uma força ofensiva imparável e conquistou muito em sua carreira maravilhosa. Mas o futuro é ainda mais brilhante e sua contratação é exatamente o que a equipe precisa. É um goleador nato. Todos na Arábia Saudita estão felizes em saber que ele está vindo", concluiu.

O atacante brasileiro se junta a um elenco comandado pelo português Jorge Jesus, ex-Flamengo, e formado por outras estrelas recém-contratadas, caso do português Rúben Neves, do sérvio Sergej Milinkovic-Savic e do senegalês Kalidou Koulibaly. Ambicioso, o Al Hilal tem 18 títulos do Campeonato Saudita e quatro da Liga dos Campeões da Ásia.

"O Al-Hilal é um clube gigante, com torcedores fantásticos, e é o melhor na Ásia. Isso me dá uma sensação de que é a decisão certa para mim, no momento certo, com o clube certo. Eu amo ganhar e marcar gols, e planejo continuar fazendo isso na Arábia Saudita com o Al-Hilal", afirmou Neymar.

Para contratar o astro brasileiro, o clube saudita ofereceu um salário muito maior em relação aos 4 milhões de euros por mês (R$ 21 milhões) que o atleta ganhava no PSG. De acordo com informações de jornais europeus, ele vai faturar algo em torno de 160 milhões de euros em dois anos, isto é, cerca de R$ 860 milhões.

O PSG vai receber, segundo o jornal "L'Equipe", da França, R$ 90 milhões de euros (483 milhões) pela venda do atleta pelo qual pagou 822 milhões de euros há seis anos e que o fez ser, até hoje, a transferência mais vultosa da história. Ele viaja nesta terça-feira à nação árabe e deve ser apresentado na quarta-feira.

O Al Hilal, da Arábia Saudita, ofereceu 300 milhões de euros (R$ 1,5 bilhão) ao Paris Saint-Germain, nesta segunda-feira, para contratar o astro francês Kylian Mbappé. De acordo com a agência de notícias Associated Press, o clube parisiense fez sinal positivo à proposta apresentada pelos sauditas e deu permissão para que eles abram negociações diretamente com o jogador.

Caso a venda se concretize, será a transferência de maior valor da história do futebol, superando os 222 milhões de euros desembolsados pelo próprio PSG para tirar Neymar do Barcelona, em 2017.

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Alvo do Real Madrid, Mbappé tem contrato até junho de 2024 e não acionou a cláusula de renovação por mais um ano presente em seu contrato. Desde então, o PSG considera a possibilidade de negociar o atleta para não vê-lo sair sem trazer nenhum retorno financeiro. Ao final deste ano, ele já pode assinar um pré-contrato com qualquer clube.

Diante da incerteza a respeito de seu futuro, o atacante de 24 anos não acompanhou o restante do elenco, no último sábado, em viagem ao Japão, onde o clube fará uma turnê de pré-temporada. Na terça-feira, às 7h20 (de Brasília), o time francês inicia o período em uma partida contra o Al Nassr, clube saudita que contratou Cristiano Ronaldo em dezembro e deu início a uma nova era de contratações galáticas ao futebol do país árabe.

Neste ano, o Al Hilal já havia tentado contratar Lionel Messi, que preferiu assinar com o Inter Miami, dos Estados Unidos, ao fim de seu vínculo com o PSG. Outros jogadores, contudo, têm ficado bastante atraídos pelas propostas sauditas, como Karim Benzema, agora jogador do Al Ittihad, e Roberto Firmino, contratado pelo Al Ahli.

Após semanas de especulações e sondagens no Brasil, Jorge Jesus finalmente foi apresentado no Al Hilal, clube da Arábia Saudita, onde garante que "foi feliz". O treinador de 68 anos encerrou seu trabalho no Fenerbahçe da Turquia e assinou com os sauditas até o final da temporada 2023/24, substituindo o argentino Ramón Díaz.

"Sempre fico feliz de voltar para onde fui feliz", publicou o técnico português em suas redes sociais. Jesus trabalhou no Al Hilal entre 2018 e 2019, antes de assumir o Flamengo. O clube carioca, inclusive, chegou a sondar o ex-treinador antes de assinar com Jorge Sampaoli, mas se recusou a esperar até o final do contrato com o Fenerbahçe.

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Apesar da felicidade em voltar para a Arábia Saudita, Jorge Jesus tinha outros planos para a carreira neste momento: dirigir a Seleção Brasileira. O treinador português adiou em alguns dias seu retorno ao Al Hilal esperando o convite da CBF, que nunca veio - o Brasil optou em insistir no italiano Carlo Ancelotti, hoje no Real Madrid.

Na primeira passagem pelo clube saudita, Jorge Jesus somou 19 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota em 25 jogos. Entre agosto de 2018 e janeiro de 2019, o treinador colecionou problemas com a diretoria do clube e deixou o país com apenas uma Supercopa da Arábia Saudita, antes de assumir o Flamengo e conquistar inúmeros títulos pela equipe rubro-negra, dentre eles, o Brasileirão e a Copa Libertadores.

Atuações irregulares no Campeonato Carioca, cicatrizes do vice-campeonato da Supercopa para o Palmeiras, e um técnico em início de trabalho à frente do grupo. Diante desse cenário de incertezas, o Flamengo espera adotar em campo o 'espírito incendiário', citado pelo técnico Vitor Pereira, para superar o Al Hilal, nesta terça, às 16h, pelas semifinais do Mundial de Clubes, a fim de se garantir na decisão do torneio. "Brigar por títulos incendeia o jogador por dentro. É uma experiência única. Quero um time pronto para superar qualquer dificuldade em busca desse objetivo que é a classificação."

A semifinal, encarada como uma prova de fogo para jogadores e comissão técnica, acontece em Tânger, no Marrocos, e vai servir para colocar em xeque o fôlego dos cariocas. Na entrevista coletiva desta segunda, Vitor Pereira falou das dificuldades da falta de tempo para preparar o time e também da parte física.

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"Quando assumi, sabia do desafio e os ajustes estão sendo feitos. Ajustamos o time para fazer a marcação no bloco alto quando for preciso, no bloco intermediário também e, quando formos atacados, nos defendermos no bloco baixo para sairmos da pressão. Quanto à parte física, estamos evoluindo. Hoje, estamos melhor do que há uma semana atrás e assim por diante", comentou o treinador português.

Líder da equipe e pilar do sistema defensivo, David Luiz volta a disputar uma final de Mundial de Clubes depois de pouco mais de uma década. Em 2012, ele defendia o Chelsea, da Inglaterra, e amargou o vice-campeonato da competição para a equipe paulista. Agora, com o Flamengo, ele espera escrever um final diferente. No entanto, antes de falar em provável decisão, o foco é no Al Hilal.

"Ninguém aqui espera facilidade. O Al Hilal vem se mantendo no topo há muito tempo e sempre digo que, mais difícil do que ganhar, é continuar entre os melhores. Tivemos um final de ano vitorioso e quero continuar a vencer. Para isso, precisamos passar pela semifinal. O sonho do título mundial começou no primeiro jogo da Libertadores do ano passado. Por isso, essa semifinal é a nossa decisão", comentou o zagueiro.

O sistema defensivo vem sendo alvo de preocupação não só do treinador, mas também dos torcedores cariocas. O próprio Vítor Pereira já detectou essa deficiência, que chamou mais a atenção após a derrota de 4 a 3 para o Palmeiras, pela final da Supercopa.

"Temos de defender com a bola. Esta equipe tem muitos jogadores com vocação ofensiva. Temos de nos tornar mais fortes e consistentes defensivamente para que o time tenha mais equilíbrio", afirmou o treinador.

Se do meio para a frente, o time está definido com Pedro como referência no ataque e Everton Ribeiro, Arrascaeta e Gabriel Barbosa na função de criar e executar as jogadas, no momento de tornar o time forte defensivamente, as dúvidas ganham força. A começar pelas laterais. No lado esquerdo, a dúvida fica entre a experiência de Filipe Luís e o vigor de Ayrton Lucas. Do outro lado, Varela não conseguiu se firmar e tem a sombra de Matheuzinho para a posição.

Mas é no meio-campo que os problemas desafiam a estratégia a ser usada. Com João Gomes negociado, Gerson (repatriado do Olympique, da França) não conseguiu acertar o posicionamento na parte defensiva ao lado de Thiago Maia.

REMANESCENTES DE 2019 SÃO TRUNFOS PARA SEMIFINAL

Gerson, Arrascaeta e Everton Ribeiro no meio-campo. Felipe Luís na lateral-esquerda e ainda Gabriel Barbosa no ataque. Esse é o quinteto que pode ajudar o técnico Vitor Pereira a levar novamente o Flamengo a uma final de Mundial de clubes. Juntos, eles superaram o mesmo Al-Hilal em 2019, também na semifinal, por 3 a 1, e garantiram presença na decisão diante do Liverpool.

Essa lista poderia ter ainda mais um integrante, já que Rodrigo Caio hoje está na reserva. Após um ano marcado por recuperação de cirurgia, o zagueiro atualmente integra o grupo e trabalha para voltar a ser titular.

Para Vitor Pereira, no entanto, o momento agora é de unir forças para conseguir esse objetivo. E nesse processo de buscar um clima mais ameno, o comandante falou sobre a importância de estar à frente de um time como o Flamengo.

"A motivação e a responsabilidade são muito grandes. Estamos representando a América do Sul e também os nossos torcedores. Vamos trabalhar para dar alegria a eles", comentou.

David Luiz falou também sobre a expectativa de público para o duelo com o Al Hilal. "O torcedor do Flamengo sempre nos representou em qualquer que fosse o lugar. E tem ainda os flamenguistas que moram por aqui. Acredito em estádio cheio e em um grande jogo."

Pelo lado do Al Hilal, dois dos atletas que vão estar em campo são velhos conhecidos da torcida. Cuellar atuou no time da Gávea entre 2016 e 2019 e foi ídolo da torcida neste período. Quem também teve passagem marcante no time carioca é o atacante Michael. "São grandes jogadores, com ótimo nível e vamos ficar atentos para não haver surpresa", disse David Luiz.

Onde assistir?

A estreia do Flamengo no Mundial de Clubes da Fifa será transmitido de diversas formas. Quem quer assistir ao jogo, que começa às 16h, vai contar com transmissões da Globo, SportTV e também, gratuitamente, através do Youtube (abaixo), na Cazé TV, e na Twitch do Casimito.

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O Chelsea, atual vencedor da Liga dos Campeões da Europa, será o adversário do Palmeiras na decisão do Mundial de Clubes, neste sábado, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos. Nesta quarta-feira, com dificuldades especialmente no segundo tempo, o clube inglês derrotou o Al Hilal, da Arábia Saudita, por 1 a 0, no Mohammed Bin Zayed Stadium. O gol foi marcado pelo centroavante belga Romelu Lukaku, ainda na primeira etapa.

A final do Mundial neste formato será inédita para o Palmeiras, mas não para o Chelsea. Em 2012, o clube inglês chegou à decisão do torneio, disputado no Japão, e enfrentou outro clube brasileiro: o Corinthians, um dos grandes rivais do time alviverde, que venceu por 1 a 0, com gol do centroavante peruano Paolo Guerrero, no estádio Internacional, em Yokohama.

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Em campo, como esperado, o Chelsea dominou o primeiro tempo contra o Al Hilal. Sofreu pouco quando atacado - até pela boa vontade da arbitragem, comandada pelo mexicano Cesar Ramos, com as faltas do time - e criou pelo menos 10 finalizações. O jogador mais acionado foi Lukaku, o autor do gol da vitória aos 31 minutos. Depois da insistência de Havertz pela esquerda, Al-Shahrani falhou na hora do corte na pequena área e a bola sobrou para o belga chutar para as redes sem marcação.

Na etapa complementar, o Chelsea mostrou cansaço e pouca inspiração, enquanto que o Al Hilal voltou a mostrar o bom futebol apresentado na estreia, quando goleou o Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, por 6 a 1, e chegou a pressionar os campeões europeus. Aos 22 minutos, Kanno acertou bela finalização e obrigou o goleiro Kepa a fazer grande defesa.

Nesta quarta-feira, estiveram em campo o zagueiro brasileiro Thiago Silva e o meia naturalizado italiano Jorginho, ambos titulares do Chelsea. O atacante Kenedy, ex-Fluminense, ficou no banco de reservas. No Al Hilal, o meia Matheus Pereira começou jogando, sendo substituído pelo atacante Michael, ex-Flamengo. Outro velho conhecido da torcida rubro-negra, o volante colombiano Gustavo Cuéllar começou jogando pela equipe saudita.

A expectativa no Chelsea, agora, é que o técnico alemão Thomas Tuchel, eleito recentemente pela Fifa como o melhor de 2021, esteja em campo contra o Palmeiras. Ele foi diagnosticado com a covid-19 no último sábado, em Londres, pouco antes da viagem a Abu Dabi, e está em isolamento na Inglaterra e deve fazer mais um teste PCR nesta quinta-feira. Se der negativo, embarcará para os Emirados Árabes Unidos.

FICHA TÉCNICA

AL HILAL-ARA 0 x 1 CHELSEA

AL HILAL-ARA - Abdullah Al-Mayouf; Al-Burayk, Jang Hyunsoo, Ali Albulayhi e Yasser Alshahrani; Gustavo Cuéllar, Mohamed Kanno, Matheus Pereira (Michael) e Salem Aldawsari (Carrillo); Odion Ighalo e Moussa Marega. Técnico: Leonardo Jardim.

CHELSEA - Kepa; Christensen, Rüdiger e Thiago Silva; Azpilicueta, Jorginho (Kanté), Ziyech (Mount), Kovacic, Havertz e Alonso (Sarr); Lukalu. Técnico: Zsolt Löw (auxiliar).

GOL - Lukaku, aos 31 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS - Ali Albulayhi e Gustavo Cuéllar (Al Hilal-ARA); Kovacic (Chelsea).

ÁRBITRO - Cesar Ramos (Fifa/México).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 19.175 torcedores.

LOCAL - Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dabi (Emirados Árabes Unidos).

Os campeões europeus costumam chegar ao Mundial de Clubes da Fifa com incontestável favoritismo. Não é o caso do Chelsea neste ano. O time inglês faz temporada irregular na Europa, fez apresentações abaixo do esperado nas últimas semanas e, para piorar, não terá seu técnico em sua estreia no torneio internacional, contra o Al Hilal, às 13h30 (de Brasília) desta quarta-feira, em Abu Dabi.

O confronto é válido pela semifinal do Mundial, disputado nos Emirados Árabes Unidos. Se confirmar o favoritismo sobre o adversário da Arábia Saudita, o Chelsea vai encarar outro time paulista numa final. Há 10 anos, foi o Corinthians, seu algoz. Desta vez, será o Palmeiras, que derrotou o Al Ahly por 2 a 0 na outra semifinal. A decisão está marcada para sábado.

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Aquela derrota sofrida em 2012, na final realizada na cidade japonesa de Yokohama, ainda está na memória do clube. Único remanescente daquele jogo ainda no elenco do Chelsea, o lateral-direito espanhol Cesar Azpilicueta admite que lembrar daquela decisão ainda dói. "Estou muito motivado. Perder aquele jogo em 2012 doeu muito. E ser campeão mundial pelo clube seria incrível. Tem um grande significado para todo mundo", afirmou.

Antes de sonhar com seu primeiro título mundial, o Chelsea terá pela frente o Al Hilal. Sem maiores problemas na escalação, o time terá sua maior baixa no banco de reservas. O alemão Thomas Tuchel testou positivo para a covid-19 às vésperas da viagem da delegação para Abu Dabi. De Londres, está comandando o time à distância.

"Estamos em contato constante com Thomas. Ele nos liga o tempo todo. Fazemos ligações durante e depois do treino. Estamos tentando fazer como se ele estivesse aqui conosco", disse Zsolt Low, um dos dois auxiliares que estão substituindo Tuchel em Abu Dabi. O outro é Arno Michels. "Mas não podemos copiar o Thomas, ele é um dos melhores técnicos do mundo", enfatiza Low.

Para a estreia, os dois auxiliares terão o retorno do meia Mason Mount, recuperado de problema físico. O lateral-direito Reece James foi vetado e o goleiro Edouard Mendy poderá retomar o posto de titular após participar da conquista da Copa Africana de Nações, pela seleção do Senegal, no domingo.

O destaque do time inglês está na defesa, com a dupla formada por Thiago Silva e pelo alemão Antonio Rüdiger. No meio-campo, Kanté e o brasileiro Jorginho, naturalizado italiano, são as referências. Ainda sem apresentar seu melhor futebol no Chelsea, Lukaku é motivo de preocupação para qualquer defesa. Timo Werner e Pulisic sempre podem surpreender.

Apesar dos talentos individuais, o time londrino não vem funcionando tão bem no coletivo. O Chelsea vem de uma vitória nos últimos cinco jogos pelo Campeonato Inglês. Sua última partida antes de embarcar para Abu Dabi foi o decepcionante triunfo sobre o modesto Plymouth, da terceira divisão, na prorrogação, pela Copa da Inglaterra. A fraca atuação dos ingleses gerou desconfiança para o Mundial.

E os torcedores, principalmente os do Palmeiras, lembraram da inesperada derrota para o Corinthians na final de 2012. O Chelsea é o último campeão europeu a não confirmar o favoritismo no Mundial. Depois do tropeço do time inglês há 10 anos, Bayern de Munique, Real Madrid, Barcelona e Liverpool não vacilaram e levaram o troféu para casa.

Em sua segunda participação em Mundiais, o Chelsea enfrentará um time que pode dar trabalho. O saudita Al Hilal estreou na fase anterior e surpreendeu ao aplicar 6 a 1 no anfitrião Al-Jazira. O campeão asiático está longe de ser badalado, mas conta com jogadores experientes.

O atacante nigeriano teve passagens por Manchester United e Watford, enquanto o meia brasileiro Matheus Pereira já defendeu o West Bromwich, todos do mesmo Campeonato Inglês do Chelsea. Outros destaques são o atacante malinês Moussa Marega (ex-Porto), o meia-atacante peruano André Carrillo (ex-Benfica e Sporting) e o atacante brasileiro Michael, que estava no Flamengo até o mês passado.

 

FICHA TÉCNICA:

AL HILAL x CHELSEA

AL HILAL - Abdullah Al-Mayouf; Ali Albulayhi, Yasser Alshahrani, Jang Hyunsoo, Saud Abdulhamid; Gustavo Cuellar, Matheus Pereira, Moussa Marega, Mohamed Kanno, Salem Aldawsari; Odion Ighalo. Técnico: Leonardo Jardim.

CHELSEA - Kepa; Azpilicueta, Thiago Silva, Rüdiger, Malang Sarr; Kanté, Jorginho, Kovacic; Ziyech (Mount), Pulisic e Lukalu. Técnico: Zsolt Low (auxiliar).

ÁRBITRO - Cesar Ramos (México).

HORÁRIO - 13h30 (horário de Brasília).

LOCAL - Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O Al Hilal é o quarto clube a se garantir na semifinal do Mundial de Clubes da Fifa. O clube da Arábia Saudita levou um susto no início do jogo contra o anfitrião Al Jazira, dos Emirados Árabes Unidos, mas conseguiu reagir e venceu por 6 a 1 pelas quartas de final. O brasileiro Matheus Pereira foi um dos principais destaques da partida no estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dabi, com um gol e uma assistência. Outro brasileiro que esteve em campo foi Michael, recém-contratado pelo Al Hilal junto ao Flamengo. O ponta entrou no segundo tempo.

O placar elástico construído pelo Al Hilal é o maior da história do Mundial da Fifa, que está em sua 18ª edição. Com a convincente classificação sobre a equipe anfitriã, o time do técnico Leonardo Jardim enfrentará o Chelsea na semifinal do torneio, na próxima quarta-feira, às 13h30, novamente no estádio Mohammed Bin Zayed. O vencedor do confronto enfrentará na final o vitorioso de Palmeiras x Al Ahly.

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O Al Jazira é o representante dos Emirados Árabes Unidos, país anfitrião da competição, e avançou para as quartas de final após eliminar o AS Pirae, na primeira fase, por 4 a 1. Atual campeão asiático, o Al Hilal possui nomes em seu elenco com passagens pelo futebol europeu, como Ighalo, Marega e o peruano André Carrillo, além do já citado Matheus Pereira, que estava no West Bromwich, da Inglaterra.

O primeiro tempo foi muito movimentado, com o Al Jazira começando melhor, mas o Al Hilal reagiu na parte final. Os dois times se lançaram ao ataque desde os primeiros minutos de jogo e conseguiram assustar um ao outro em lances de perigo. Com muita velocidade, o Al Jazira abriu o placar aos 13 minutos. Rabii recebeu um passe perfeito em profundidade, chegou na linha de fundo e cruzou rasteiro para o meio da área. Ábdoulay Diaby só empurrou para o fundo das redes.

Um cabeceio de Kanno quase rendeu o empate para o Al Hilal, mas foi o Al Jazira quem esteve mais perto de marcar novamente. Victor Sá perdeu uma grande oportunidade, recebendo a bola cara a cara com o goleiro. O brasileiro tentou finalizar duas vezes, mas ambas pararam no goleiro Al Mayouf.

Nos últimos minutos do primeiro tempo, o Al Hilal começou a acordar para o jogo e conseguiu a virada ainda na metade inicial da partida. Aos 35 minutos, Kanno fez uma linda jogada pela esquerda da grande área, o goleiro saiu para tentar fazer o corte e o jogador do Al Hilal cruzou para Ighalo tocar de cabeça e deixar tudo igual.

A virada dos vencedores da Liga dos Campeões da Ásia veio quatro minutos depois, com gol brasileiro. Matheus Pereira recebeu um passe de calcanhar na entrada da área, girou com muita rapidez e bateu de perna esquerda no cantinho para marcar 2 a 1 para o time da Arábia Saudita.

A perna esquerda de Matheus Pereira voltou a causar sustos para o Al Jazira logo no primeiro lance após o intervalo. O brasileiro dominou e bateu de canhota da entrada da área. A bola raspou no travessão antes de sair. O Al Jazira seguia ligado no jogo e quase empatou aos 9, em uma grande chance perdida por Al Hashami, que desviou a bola para fora.

Kanno, um dos destaques da partida, dificultou a vida da equipe da casa ao ampliar para 3 a 1 aos 11 minutos, com nova participação de Matheus Pereira. O jogador cobrou escanteio com curva e Kanno completou de cabeça para marcar um bonito gol.

O Al Hilal não teve problemas para administrar a vantagem e esteve mais perto do quarto gol do que o rival de diminuir, o que de fato aconteceu aos 32, quando a zaga do time dos Emirados Árabes desligou no lance. Salem Al-Dawsari recebeu na ponta, fez uma tabela com Marega e saiu livre na área para driblar o goleiro e tocar para o fundo das redes.

Após a entrada de Michael, o Al Hilal ainda marcou mais dois gols. Aos 42, após cobrança de escanteio e confusão na área, a bola sobrou limpa para o atacante Marega fazer 5 a 1. Pouco tempo depois, aos 44, Mubarak encostou a mão na bola dentro da área e a arbitragem marcou pênalti. Matheus Pereira até pediu para cobrar, mas Carrillo foi para a bola e fez 6 a 1, fechando a goleada.

Sem conseguir chegar à semifinal, o Al Jazira vai disputar o terceiro lugar contra o Monterrey na próxima quarta-feira.

O Flamengo está na final do Mundial de Clubes. Ainda que sem o brilho que caracterizou os seus melhores momentos nas conquistas da Copa Libertadores e do Campeonato Brasileiro, derrotou o Al Hilal por 3 a 1, de virada, com seus gols sendo marcados na etapa final.

O adversário do Flamengo na final de sábado será conhecido nesta quarta-feira, a partir das 14h30 (horário de Brasília), no duelo entre Liverpool e Monterrey. E a expectativa, claro, é para um novo confronto com o time inglês, como ocorreu em 1981, na decisão do Mundial Interclubes, com vitória do time carioca por 3 a 0.

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Numa partida de domínio do primeiro tempo pelo Al Hilal, quando acabou sendo vazado, o destaque do Flamengo foi Bruno Henrique, autor do gol da virada e com participação direta nos outros dois da equipe, que teve baixa produção ofensiva, mas de eficiência ao conseguir aproveitar as oportunidades que teve.

O JOGO - O início da partida em Doha foi ótimo para o Al Hilal. O time saudita trocava passes e impunha velocidade, com o Flamengo enfrentando dificuldades na marcação, que parecia atrasada, como se apenas corresse atrás do adversário. Até teve o primeiro lance de perigo, mas em uma jogada de bola parada após cobrança de escanteio, em que Gerson finalizou para fora.

Mas a resposta do Al Hilal foi imediata. Primeiro com uma chance clara perdida por Gomis, na sequência de rebote dado por Diego Alves após jogada individual de Al-Dawsari. E depois com o primeiro gol da partida. Aos 17, Giovinco acionou Al-Buryak na direita. Ele cruzou rasteiro para Al-Dawsari. No meio da área, livre, chutou, com a bola desviando em Marí e colocando o Al Hilal em vantagem.

O gol mudou o cenário da partida. O time asiático recuou, mas parecia confortável na partida diante de um Flamengo nervoso, algo exposto pelo lance do cartão amarelo de Bruno Henrique, por pisar em um adversário. A equipe carioca, por sua vez, até foi ao ataque, mas atuava em ritmo lento e errava passes, facilitando a marcação do adversário, que mal teve a sua meta ameaçada.

Disperso no primeiro tempo, o Flamengo enfim mostrou o seu melhor aos três minutos, em uma triangulação envolvendo os seus principais atacantes. Gabriel recebeu no meio e acionou Bruno Henrique em profundidade e na grande área. Ele rolou para Arrascaeta, que só empurrou a bola para o gol.

Foi a amostra de um Flamengo mais intenso, algo marcante nos melhores momentos do time na temporada. Mas embora até tenha conseguido exibir isso em alguma momentos da etapa final, com o time encontrando mais espaços do que no primeiro tempo, faltava brilho e velocidade.

O jogo, então, ficou travado, com o Al Hilal até se arriscando no ataque. Mas o Flamengo, que acionou Diego no lugar de Gerson, assim como havia feito na decisão da Libertadores, em ajudando o time a ser mais vertical, acabou conseguindo a virada aos 32 minutos. Aproveitando os espaços dados pela defesa adversária, Diego acionou Rafinha, que cruzou para Bruno Henrique cabecear às redes: 2 a 1.

Com espaços, o time voltou a marcar aos 35. Dessa vez, Diego recebeu na entrada da área e tocou para Bruno Henrique na esquerda. Ele invadiu a área e fez o cruzamento, com Al-Bulayhi mandando contra as próprias redes. No fim, o peruano Carrillo ainda foi expulso por entrada dura em Arrascaeta.

FICHA TÉCNICA:

FLAMENGO 3 X 1 AL HILAL

FLAMENGO - Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Mari e Filipe Luís; Willian Arão, Gérson (Diego), Arrascaeta (Piris da Motta) e Everton Ribeiro; Bruno Henrique (Vitinho) e Gabriel. Técnico: Jorge Jesus.

AL HILAL - Abdullah Al Muaiouf; Mohamed Al Burayk, Hyunsoo Jang, Ali Albulayhi e Yasser Al Shahrani; Gustavo Cuéllar, Carlos Eduardo, Salem Aldawsari, André Carrillo e Sebastian Giovinco (Omar Kharbin); Bafetimbi Gomis. Técnico: Razvan Lucescu.

GOLS - Salem Aldawsari, aos 17 minutos do primeiro tempo. Arrascaeta, aos três, Bruno Henrique, aos 32, e Ali Albulayhi (contra), aos 35 minutos do tempo.

ÁRBITRO - Ismail Elfath (Estados Unidos).

CARTÕES AMARELOS - Bruno Henrique, Giovinco, Pablo Marí, Ali Albulayhi, Salem Aldawsari e Diego.

CARTÃO VERMELHO - André Carillo.

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 21.588 torcedores.

LOCAL - Estádio Internacional Khalifa, em Doha (Catar).

Na semifinal do Mundial de Clubes, o técnico Jorge Jesus testará o sucesso do Flamengo diante de outro time que ele próprio montou, o Al Hilal, da Arábia Saudita. O desafio particular do treinador que renovou o futebol no País está marcado para esta terça-feira (17), às 14h30 (horário de Brasília), no Catar, e carrega o destino da "nação" rubro-negra. Existe grande expectativa para que a equipe chegue à final e busque o bicampeonato após 38 anos. Caso se classifique, o time brasileiro vai aguardar o vencedor do confronto entre Liverpool e Monterrey, quarta-feira (18), no mesmo horário.

Jesus admitiu que será especial reencontrar os jogadores do último clube que dirigiu antes de vir ao Brasil. O treinador foi o responsável pela formação do elenco e montou a espinha dorsal da equipe. "Ajudei o Al Hilal a formar essa equipe. Hoje, não tenho nada a ver com o Al Hilal, a não ser o carinho dos jogadores. Um deles é o Gomis. E como é o destino. Falamos que iríamos nos encontrar no futebol e nos encontramos", comentou o treinador referindo-se ao francês que classificou o time saudita ao fazer o gol da vitória sobre o Espérance nas quartas de final.

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A semifinal é um momento traiçoeiro da competição. Nos últimos anos, vários clubes brasileiros não conseguiram passar por essa antessala. São os casos do Internacional e do Atlético-MG. No ano passado, o River Plate caiu diante do Al Ain. "Estamos vacinados sobre esse assunto. Nosso pensamento está no Al Hilal. Muitos brasileiros ficaram pelo caminho e não podemos repetir o erro. Se passarmos, pensamos na final", afirmou o lateral Rafinha.

Jesus evitou fazer comentários sobre o Liverpool, provável rival numa hipotética rival. Coincidentemente, os ingleses foram os rivais na decisão de 38 anos atrás. "No Brasil, fala-se muito do Liverpool e esquecem que temos um jogo antes. Esquecem por ser um time saudita, não ser da Europa, não sendo muito valorizado", afirmou.

O Flamengo possui um antídoto importante para eventuais momentos críticos no jogo: a experiência europeia. Rafinha e Filipe Luís fizeram suas carreiras praticamente inteiras no Velho Continente. Além dos laterais, Diego Alves e Diego Ribas e o espanhol Pablo Marí, Gerson, Bruno Henrique e Gabriel também estiveram em terras estrangeiras.

O Flamengo chega em alta ao Mundial. Embora irregular em alguns momentos do primeiro semestre, o Flamengo conquistou o título do Campeonato Carioca. Depois, na segunda metade do ano venceu com folga o Campeonato Brasileiro e ainda faturou a Copa Libertadores em uma emocionante decisão contra o River Plate. Ao lado do argentino Jorge Sampaoli, Jesus conseguiu estabelecer um padrão de ofensividade que havia se perdido entre os treinadores no Brasil.

"Seria um presente muito grande coroar essa temporada com esse título", disse Rafinha, campeão mundial com o Bayern de Munique em 2013.

A edição de 2019 do Mundial é a penúltima a ser disputada por sete clubes, pois a Fifa vai alterar o formato de disputa da competição a partir de 2021, com a participação de 24 times. A periodicidade também vai mudar: o torneio será realizado de quatro em quatro anos. Jesus afirma que o torneio vai ficar mais fica difícil conquistá-lo.

O adversário do Flamengo nas semifinais do Mundial de Clubes será o Al Hilal. Ex-time do técnico Jorge Jesus, a equipe saudita derrotou o Espérance, da Tunísia, por 1 a 0, neste sábado, no Jassim Bin Hamad Stadium, em Doha, no Catar, e agora vai enfrentar a equipe rubro-negra. O francês Gomis saiu do banco para marcar o gol da vitória.

O duelo está marcado para a terça-feira, às 14h30 (horário de Brasília), no Khalifa International Stadium e vai opor velhos conhecidos. Se de um lado Jesus vai reencontrar ex-companheiros dos tempos em que passou no Arábia Saudita, o colombiano Cuéllar vai rever seus antigos companheiros de Flamengo.

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Mais técnico e com jogadores experientes que já disputaram Copa do Mundo, o Al Hilal foi superior, mas sofreu para confirmar o triunfo. Teve mais posse de bola durante boa parte da partida e finalizou mais vezes - 12 contra sete, no total -, no entanto demorou para encaixar seu jogo.

Depois de ter dificuldade para superar o bloqueio defensivo do Espérance, o time saudita se encontrou no jogo a partir das alterações promovidas pelo técnico Razvan Lucescu. Especialmente após a entrada do centroavante Gomis no lugar de Cuéllar.

Forte e habilidoso, o francês balançou as redes em uma de suas primeiras ações em campo. Aos 27, ele recebeu na entrada da área, deu um corte no marcador com um toque por cima, e estufou as redes em chute no canto direito para marcar um golaço.

Na comemoração do gol, o centroavante apontou para Jorge Jesus, que estava na arquibancada assistindo à partida e foi técnico do francês quando dirigiu o Al Hilal. Boa parte do elenco do Flamengo também marcou presença no estádio.

Competitivo, mas sem muita qualidade técnica, o Espérance foi ao ataque, mas não teve sucesso na busca pelo empate mesmo com um a mais, depois que Kanno foi expulso. Não conseguiu sequer ameaçar o gol defendido por Al-Muaiouf e ficou pelo caminho, decepcionado a sua fanática torcida, que fez muito barulho no estádio e chegou até a causar confusão com agentes de segurança ao acender sinalizadores.

FICHA TÉCNICA:

AL HILAL 1 x 0 ESPÉRANCE

AL HILAL - Al-Muaiouf; Al-Burayk (Al-Hafith), Jang Hyun-Soo, Al-Bulayhi e Al-Shahrani; Cuéllar (Gomis) Kanno, Carlos Eduardo, Carrillo e Al-Dawsari; Kharbin (Otayf). Técnico: Razvan Lucescu.

ESPÉRANCE - Ben Cherifia; Derbali, Yaakoubi, Bedrane e Chetti; Bonsu (Khenissi), Coulibaly, Benguit (Fadaa), Badri e Elhouni (Bensaha); Ouattara. Técnico: Moïn Chaabani.

GOL - Gomis, aos 27 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Roberto Tobar (Chile).

CARTÕES AMARELOS - Cuellar e Carrillo (Al Hilal); Derbali (Espérance).

CARTÃO VERMELHO - Kanno (Al Hilal).

RENDA E PÚBLICO - Não divulgados.

LOCAL - Jassim Bin Hamad Stadium, em Doha, no Catar.

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