Tópicos | Agência Americana de Alimentos e Medicamentos

A Food and Drug Administration (FDA, a Agência Americana de Alimentos e Medicamentos) proibiu na sexta-feira vários químicos utilizados nos sabonetes antibacterianos devido aos riscos que representam para a saúde, ao mesmo tempo em que afirmou que não são mais efetivos que o sabonete tradicional.

A FDA proibiu 19 ingredientes, incluindo dois dos mais comuns, triclosan e triclocarban, que são amplamente utilizados em sabonetes antibacterianos líquidos e em barra, apesar de danificarem o sistema imunológico. "Os consumidores podem pensar que os sabonetes antibacterianos são mais efetivos para evitar os germes, mas não existe evidência científica de que sejam melhores que água e sabão comum", disse Janet Woodcok, diretora da divisão de drogas da FDA.

"De fato, alguns dados sugerem que os ingredientes antibacterianos podem fazer mais mal do que bem no longo prazo", acrescentou. A proibição não inclui produtos desinfetantes para mãos utilizados nos hospitais e em outros centros de saúde. Theresa Michele, que trabalha na área de cuidados pessoais da FDA, disse que a maioria dos produtos não médicos que estão no mercado contêm ao menos um dos ingredientes proibidos.

Os fabricantes têm um ano para cumprir as novas regras e alguns estão prontos para retirar de seus produtos os ingredientes em questão, acrescentou a FDA. "Lavar as mãos com água e sabão é um dos passos mais importantes que um consumidor pode tomar para evitar contrair uma doença e prevenir a transmissão de germes a outras pessoas", indicou o comunicado da FDA.

No entanto, o Instituto Americano de Limpeza (ACI) considera que estes sabonetes são seguros. "Os sabonetes antibacterianos são chave para a saúde devido à importância das mãos limpas na prevenção de infecções", disse o ACI em um comunicado. "Lavar as mãos com sabonetes antissépticos pode ajudar a reduzir o risco de infecção, mais que a lavagem com água e sabonete não antibacteriano", acrescentou.

Por sua vez, o Grupo de Trabalho Ambiental aplaudiu a proibição anunciada. "Esta decisão da FDA é uma importante vitória para a saúde humana e o meio ambiente", disse Ken Cook, cofundador e presidente deste grupo, que defendia há uma década esta proibição.

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