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Através da campanha #AconteceuNoCarnaval, realizada pelos projetos Meu Recife e Mete a Colher, mulheres denunciaram agressões sofridas durante o Carnaval de 2017 na capital e em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR). Divulgado nesta quinta-feira (13), o relatório traz 66 relatos de violências sofridas pelas mulheres entre os dias 17/02 e 12/03. 

São casos de beijo à força, agarrões, genitália apalpada e tapas na cara. No caso do tapa, por exemplo, a denúncia diz que dez policiais estavam próximos, mas se negaram a prestar socorro. 

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As denúncias foram feitas através do site da campanha, do uso da hashtag #AconteceuNoCarnaval nas redes sociais, comentários em postos do Facebook e Instagram, mensagens privadas e também na Parada Internacional das Mulheres, onde foram disponibilizados formulários de respostas em papel. No Recife, o local de onde surgiram mais relatos foi o Marco Zero, cinco no total. Já em Olinda, houve sete ocorrências na Rua Treze de Maio, seis na RUa do Bonfim e cinco no Mercado da Ribeira. 

Entre os assédios denunciados, 17 se referem a passar as mão nas genitais ou seios; 15, beijo forçado; dez, agressão verbal; seis, abraço forçado; seis, puxão no braço; e cinco, agressão física. Em Olinda, os organizadores perceberam muita violência contra casais de lésbicas. 

Para os organizadores da campanha, entre os problemas constatados estão: insegurança em relação à mobilidade para os espaços de brincadeira e nos locais; falta de atendimento e de efetivo adequado da polícia; insuficiência das iniciativas ofertadas pelo poder público na defesa da mulher; agressores que se escondem no anonimato dos corredores de passagens e ruas estreitas.

"A falta de foco nas políticas de enfrentamento e prevenção é um fato bastante grave na política do Pacto Pela Vida no geral. Isso se reflete diretamente na falta de uma gama de ações que são necessárias para que a mulher vítima de violência seja acolhida em um momento em que as regras do jogo estão borradas pela cultura machista que reside no Carnaval. Se em dias comuns os pontos de apoio não são acessados, durante os dias de folia, tudo isso é maximizado", diz o texto do relatório. Os projetos envolvidos na campanha prometem fazer uma nova edição no Carnaval de 2018.

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