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A delegação brasileira de atletas paralímpicos já está na Inglaterra realizando o período de aclimatação. O tempo frio e o fuso horário não diminuíram a disposição dos atletas. O desembarque foi na última terça-feira (14) e os treinos já começaram no dia seguinte. As instalações foram elogiadas por todos.

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) realizou um convênio com a Prefeitura de Manchester viabilizando o Training Camp – local para treinamento. Os atletas terão 10 dias para se adaptar ao clima e ao fuso horário de quatro horas.

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O Brasil participará de 15 das 20 modalidade disputadas na maior competiçãop de paradesporto do mundo. Os esportistas disputarão no basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, esgrima em cadeira de rodas, futebol de 5, futebol de 7, goalball, natação, halterofilismo, judô, remo, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa e vôlei sentado e no atletismo.

 “Manchester foi escolhida não só pelas excelentes instalações esportivas, mas por oferever um conjunto de serviços complementares para o processo de aclimatação”, falou Andrew Parsons, presidente do CPB.

 “Está tudo muito organizado. O hotel, a comida  brasileira está  tudo maravilhoso. Já começamos os treinos para pegar ritmo.Foi a melhor ideia que já tiveram e isso, com certeza, influenciará positivamente no nosso desempenho”, disse Gilvânia de Lima, atleta do Vôlei Sentado.

A delegação paralímpica brasileira, que viaja nesta segunda-feira (13) para a Inglaterra, fará, pela primeira vez, um trabalho de adaptação no país sede com toda a equipe antes dos Jogos Paralímpicos. Os 163 atletas que irão embarcar nesta tarde se juntam, na Europa, às equipes de hipismo e vela, e também a três fundistas e nove nadadores que já treinam no continente europeu.

A maior parte da delegação vai se concentrar na cidade inglesa de Manchester, onde ficará até o dia 22. Lá, os atletas seguem com os treinamentos e fazem alguns amistosos antes das Paralimpíadas, que ocorre de 29 de agosto a 7 de setembro em Londres.

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De acordo com o subchefe da missão, Jonas Freire, a aclimatação é importante, pois os atletas terão chance de se adaptar ao novo clima, à mudança de fuso horário e poderão evitar o jet lag – desconforto causado pela diferença de fuso horário. A estrutura em Manchester, segundo Freire, está montada há 15 dias e inclui, entre outros cuidados, a alimentação dos atletas.

“Como o nosso costume é diferente do inglês, a gente resolveu levar alguns cozinheiros nossos, um chefe de cozinha e uma nutricionista, para que [os atletas] possam fazer uma alimentação bem parecida com o que o brasileiro está acostumado”, conta.

Na última Paralimpíada, em Pequim (2008), apenas as equipes de natação e atletismo fizeram a aclimatação. Já para os jogos em Londres, um convênio feito com o Ministério do Esporte, por meio do Sistema de Convênios do Governo Federal (Sincov), possibilitou a estadia.

Os investimentos do governo federal saltaram de R$ 77 milhões, na Paralimpíada de Pequim, para R$ 165 milhões em Londres. Em 2011 e 2012, foram gastos R$ 19,5 milhões pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, na preparação de atletas, compra de materiais, contratação de profissionais, viagens e competições em outros países.

Ao longo dos anos, a colocação conquistada pelo Brasil nas Paralimpíadas também evoluiu. Em Sydney (2000), ficou em 24º, em Atenas (2004), o país chegou ao 14º, e em Pequim (2008) subiu para o nono.

Uma das esperanças do Brasil para engrandecer o quadro de medalhas em 2012 é Terezinha Guilhermina, a atleta com deficiência visual mais rápida do planeta. “Quero fazer as melhores marcas da minha vida e fazer dessa competição de Londres a principal da minha carreira. Trabalhei muito para chegar aqui bem e espero conseguir mostrar isso nas pistas”, disse a velocista durante a despedida dos atletas hoje, em Guarulhos (SP).

A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, que foi se despedir dos atletas, destacou que a importância do evento esportivo vai além da conquista de medalhas. “Não há uma expectativa só de medalhas, pois o esporte paralímpico vai bem em termos de medalhas e deve vir com excelentes resultados, mas é uma participação cidadã, ativa e plena de que o Brasil supera preconceitos”, disse.

Para a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, as pessoas com deficiência não devem receber apenas assistencialismo. “Essas pessoas querem ser tratadas com direitos”. A ministra ressaltou ainda a necessidade de garantir a acessibilidade durante os Jogos de 2016. “Nas Olimpíadas que teremos no Brasil, vamos comemorar, além das vitórias que teremos com a nossa delegação paralímpica, a adaptação dos nossos espaços físicos”.

Aos poucos, os atletas brasileiros iniciam a preparação final para os Jogos de Londres. Quem já está em solo inglês trabalhando para a competição é a delegação nacional de boxe. O grupo está na cidade de Sheffield fazendo um período de aclimatação. As atividades ocorrem no Instituto de Esporte, que além do ringue possui também pista de corrida e sala de musculação.

Ao todo, a equipe conta com 10 atletas e outros nove pugilistas que fazem parte da Equipe Olímpica Permanente do Brasil, que estão ajudando nesta preparação. Levando em consideração os boxeadores que entraram no ringue, essa é a maior equipe do país na história dos Jogos Olímpicos.

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No masculino, o Brasil terá sete pugilistas em ação. A partir de Londres, será realizada também a disputa feminina e a delegação conta com três atletas. Todos eles recebem o benefício do programa Bolsa-Atleta do Ministério do Esporte. Os duelos serão iniciados a partir do dia 28 de julho e ocorrerão no Ginásio do ExCel. Confira abaixo o grupo brasileiro.

Feminino
Érica Matos - 51 kg
Adriana Araújo - 60 kg
Roseli Feitosa - 75 kg

Masculino
Julião Neto - 52 kg
Robenilson Jesus - 56 kg
Robson Conceição - 60 kg
Everton Lopes - 64 kg
Myke Carvalho - 69 kg
Esquiva Florentino - 75 kg
Yamaguchi Florentino - 81 kg

Técnicos: João Carlos Barros, Cláudio Aires, Mateus Alves e Juraci Oliveira
Preparador físico: Felipe Romano

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