Tópicos | 59 anos

A Comissão de Anistia abriu sua primeira sessão de julgamento, na manhã desta quinta-feira (30), no auditório do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, com a nova composição indicada pelo presidente Lula (PT). A agenda tem início às vésperas da marca dos 59 anos do golpe militar, deflagrado em 1º de abril de 1964.

Na sessão foram anistiados Romario Cezar Schettino, Claudia de Arruda Campos, José Pedro da Silva Virginius e Ivan Valente. Eles foram opositores da ditadura, ex-integrantes de grupos organizados, como a Frente Nacional do Trabalho e o Ação Popular. Os pedidos haviam sido indeferidos em sessões anteriores, com a composição indicada pelo governo Bolsonaro.

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Durante a cerimônia de abertura, o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, discursou defendendo a importância da redução de desigualdades. “Não nos esqueçamos que as violações dos direitos não dizem respeito apenas aos direitos civis e políticos, mas interromperam um processo de redução de desigualdade. Quantos brasileiros poderiam ter sido salvos do abandono se não fosse a ditadura com política excludente. Desigualdade, violência de estado, racismo, machismo, transfobia, são indissociáveis com a forma que o Brasil foi construído. Essa história precisa ser recontada, para que não se repita. Por isso bradamos ao lado dos movimentos, ditadura nunca mais, nunca mais”, declarou.

A presidente da Comissão, Eneá de Stutz e Almeida, afirmou que o plano é que sejam revisados de 4 a 8 mil processos que foram indeferidos ou negados na gestão anterior.

Passados 59 anos do golpe e da ditadura militar, ainda está presente na sociedade a chamada disputa de narrativas em torno do período.

Uma das questões é qual a real data do golpe: se o dia 31 de março ou 1º de abril. Para o professor de história da Universidade Federal Fluminense (UFF), Daniel Aarão Reis, essa é uma polêmica menor. Segundo ele, o início do golpe foi de fato no dia 31 de março.

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"Na madrugada do dia 31, o general Mourão Filho dá início ao movimento armado pela deposição do João Goulart, e as esquerdas, ironicamente derrotadas, passaram a caracterizar o golpe como tendo sido vitorioso no dia 1º de abril. Como a gente sabe, o 1º de abril é o dia da mentira", argumenta.

Outra disputa presente até hoje é em relação ao termo golpe ou revolução. Daniel Reis reitera que foi um golpe a deposição de João Goulart em 1964, apesar de ter havido apoio de parcelas da sociedade civil a essa deposição, e que partidários do golpe renomearam o movimento como revolução por ela estar associada a coisas positivas na época.

"Golpe é todo aquele movimento que pela violência depõe um presidente da República. Ora, isso é objetivo. No Brasil, João Goulart (Jango) foi deposto por um movimento violento, que não provocou derramamento de sangue notável porque o presidente e as demais lideranças de esquerda resolveram se render sem luta”, explica.

Indo mais profundamente sobre a denominação do período, o professor também explicou porque o período da ditadura civil militar não pode ser considerado um período revolucionário.

“Essas modificações pela raiz, essas transformações designam o processo como revolucionário ou não. Houve revolução na Rússia, em Cuba, houve revolução francesa, americana... Porque ali houve transformações das políticas econômicas e culturais. Isso não houve no Brasil, embora o Brasil tivesse passado por um processo intenso de modernização. Foi uma modernização conservadora e autoritária”, opina.

Sociedade dividida

As pesquisas de opinião feitas à época pelo Ibope nas grandes cidades mostravam uma sociedade dividida. Se antes do golpe 42% consideravam bom e ótimo o governo de João Goulart e 30% regular, após a ação dos militares, pesquisa do Ibope em maio de 1964 revelou que 54% dos entrevistados aprovaram a deposição de Jango.

O motivo da população ter mudado de apoio a Jango para apoio ao golpe pode ter sido o forte sentimento de anticomunismo associado a João Goulart e que foi incentivado pela grande mídia e por adversários políticos. Nas pesquisas do Ibope, o comunismo era visto como ameaça por mais de 65% dos entrevistados. Mas o professor de história da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Patto Sá Motta, reitera o equívoco que era associar João Goulart ao comunismo ou socialismo.

“Muitas pessoas acreditaram que o Brasil estava em vias de se tornar um país comunista, o que estava muito longe de ser verdade. O presidente João Goulart não era um socialista, nem muito menos um comunista. Ele era um político trabalhista a favor de algumas reformas sociais, de salários melhores para os trabalhadores. Mas não era socialista, até porque ele era uma pessoa muito rica, um dos maiores fazendeiros do Brasil. Mas ainda assim, então, houve toda essa agitação em torno da ideia de que o Brasil corria um risco sério de se tornar uma nova Cuba na América Latina”, diz Daniel Reis.

E para quem quiser entender mais as discussões em torno do período, o historiador Rodrigo Patto publicou, em 2021, um livro que estuda mais a fundo todas as questões, chamado de Passados Presentes, o golpe de 1964 e a ditadura militar.

Reg E. Cathey, mais conhecido por ter atuado como Freddy em House of Cards , morreu aos 59 anos de idade. Segundo informações do The Hollywood Reporter, a causa da morte não foi revelada.

O astro, por sua performance na série da Netflix, conquistou o Emmy em 2015. O serviço de streaming, inclusive, divulgou um comunicado lamentando a morte do astro:

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Nós estamos de coração partido com a morte de nosso amigo e colega de House of Cards... Reg era o homem mais gentil, o ator mais talentoso e um verdadeiro cavalheiro.

Kevin Curran, que ficou conhecido por ser o roteirista e produtor de Os Simpsons, um dos desenhos mais famosos do mundo, morreu na terça-feira, dia 25, aos 59 anos de idade, em sua casa, em Los Angeles, nos Estados Unidos. O roteirista, que ficou na produção do desenho por 15 anos, foi vítima de um câncer.

Quem oficializou a notícia no Twitter foi Al Jean, o produtor executivo do seriado, que ganhou uma novidade em realidade virtual em sua abertura. O executivo lamentou em um tweet a morte do colega, que foi vencedor do Emmy por três vezes.

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Muito triste pela morte de Kevin Curran, brilhantemente engraçado e amigo verdadeiro,escreveu Al Jean.

Vincent Margera, o tio de Bam Margera, cuja personalidade peculiar era parte do sucesso do programa de tv "Jackass", morreu neste domingo aos 59 anos, informou a imprensa americana.

Margera tinha problemas renais e hepáticos há anos e caiu em coma no mês passado, segundo o site de celebridades TMZ.

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Sua morte chega depois que outra estrela de "Jackass", Ryan Dunn, morreu em um acidente de carro em 2011.

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