Servidores públicos de diversas áreas, médicos, professores, estudantes, torcedores do Bahia. Como costuma ocorrer, o desfile de 2 de julho, principal data cívica baiana, em Salvador, foi marcado por protestos de várias organizações, todos pacíficos. Também chamou a atenção a presença das principais autoridades públicas do Estado, que foram às ruas e colheram vaias e aplausos.
O policiamento foi reforçado no centro da cidade para o desfile popular, que celebra, este ano, os 190 anos da expulsão das tropas portuguesas da Bahia, consolidando a independência do País. Cerca de 2 mil policiais acompanharam o cortejo - 700 a mais que no ano passado.
##RECOMENDA##Na principal ocorrência registrada, uma mulher foi repreendida pelos policiais depois de jogar um copo de plástico na direção do governador Jaques Wagner (PT). Retirada temporariamente do trajeto do cortejo, ela foi liberada pouco depois.
Depois do hasteamento das bandeiras do Brasil e da Bahia, pouco depois das 8h30, Wagner e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), seguiram o cortejo em dois blocos, um de apoio e outro de oposição aos governos federal e baiano. Todos os pré-candidatos ao executivo estadual também participaram da caminhada, seguindo seus blocos.
Apesar das palavras de ordem, das faixas e cartazes e das muitas vaias contra os políticos que participavam da caminhada, não houve registro de grandes confusões. Pelo contrário, os políticos também colheram alguns aplausos e pararam para cumprimentar e tirar fotos com eleitores.
"Esta é a principal data da Bahia, a festa da cidadania do Estado e do Brasil, e este ano tem um sabor especial, porque a população já estava nas ruas e chacoalhou a classe política", afirmou o governador, em fala bastante parecida com a do prefeito. "O civismo sempre foi a marca desta festa - e este ano ainda mais", disse ACM Neto. "Temos de buscar entender o recado das ruas."