Tópicos | 2 de Julho

Servidores públicos de diversas áreas, médicos, professores, estudantes, torcedores do Bahia. Como costuma ocorrer, o desfile de 2 de julho, principal data cívica baiana, em Salvador, foi marcado por protestos de várias organizações, todos pacíficos. Também chamou a atenção a presença das principais autoridades públicas do Estado, que foram às ruas e colheram vaias e aplausos.

O policiamento foi reforçado no centro da cidade para o desfile popular, que celebra, este ano, os 190 anos da expulsão das tropas portuguesas da Bahia, consolidando a independência do País. Cerca de 2 mil policiais acompanharam o cortejo - 700 a mais que no ano passado.

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Na principal ocorrência registrada, uma mulher foi repreendida pelos policiais depois de jogar um copo de plástico na direção do governador Jaques Wagner (PT). Retirada temporariamente do trajeto do cortejo, ela foi liberada pouco depois.

Depois do hasteamento das bandeiras do Brasil e da Bahia, pouco depois das 8h30, Wagner e o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), seguiram o cortejo em dois blocos, um de apoio e outro de oposição aos governos federal e baiano. Todos os pré-candidatos ao executivo estadual também participaram da caminhada, seguindo seus blocos.

Apesar das palavras de ordem, das faixas e cartazes e das muitas vaias contra os políticos que participavam da caminhada, não houve registro de grandes confusões. Pelo contrário, os políticos também colheram alguns aplausos e pararam para cumprimentar e tirar fotos com eleitores.

"Esta é a principal data da Bahia, a festa da cidadania do Estado e do Brasil, e este ano tem um sabor especial, porque a população já estava nas ruas e chacoalhou a classe política", afirmou o governador, em fala bastante parecida com a do prefeito. "O civismo sempre foi a marca desta festa - e este ano ainda mais", disse ACM Neto. "Temos de buscar entender o recado das ruas."

Foi aprovada nesta quarta-feira (8), no Senado, o Projeto de Lei complementar (PLC 61/2008) da Câmara de Deputados que prevê que o feriado baiano do 2 de Julho, dia em que se comemora a Independência da Bahia, seja incorporado como um feriado nacional.

O projeto criado pela deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) reivindica que a data torne-se feriado nacional pelo argumento de que o movimento de independência na Bahia, que se iniciou em 1821 e terminou em  2 de Julho de 1823, foi um precursor da independência do Brasil que ocorreu em 7 de setembro de 1822. A independência baiana aconteceu através da luta armada e participação do povo contra as tropas portuguesas, que ocupavam Salvador, enquanto a proclamação nacional foi pacífica. Para ser vigora depende da sanção da presidente Dilma Rousseff 

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Os protestos de professores e estudantes contra o governo do Estado marcaram as comemorações do 2 de Julho, data cívica mais importante da Bahia, na manhã desta segunda-feira, em Salvador. A data marca a expulsão das tropas portuguesas da capital, em 2 de julho de 1823 - quase um ano após a declaração de independência do País.

A organização do evento, a cargo da prefeitura de Salvador, ainda antecipou a saída do cortejo, que vai da Lapinha à Praça Municipal, no centro de Salvador, em uma hora, para tentar minimizar os já esperados protestos por parte dos docentes da rede estadual, em greve há 83 dias.

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Apesar da manobra, os professores, equipados com apitos e faixas e gritando palavras de ordem, vaiaram a comitiva do governo durante todo o trajeto do cortejo. Eles ainda foram apoiados por alunos e parentes e por colegas de universidades federais no Estado, também em greve.

Um manifestante mais exaltado chegou a ser detido por policiais militares que faziam a segurança do governador Jaques Wagner (PT). O homem, identificado pela polícia como Pedro Carvalho Melo, de 19 anos, foi acusado de atirar a haste de uma faixa contra a comitiva do governador. Ele chegou a ser levado à sede da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar, mas negou a agressão e foi liberado pouco depois.

Wagner minimizou os protestos, pregando a liberdade de expressão. "O espírito da festa é este mesmo, uma marcha popular, marcada pelas manifestações populares", argumentou. "Os valores da liberdade e da democracia têm de ser enaltecidos." Discurso semelhante adotou o candidato do PT à prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino, que seguiu o trajeto junto com Wagner. "O aplauso e a vaia fazem parte da democracia."

Conhecido como termômetro eleitoral, por reunir políticos e população em um mesmo espaço, o cortejo teve a participação de todos os candidatos à prefeitura de Salvador. Apontados como principais antagonistas de Pelegrino, ACM Neto (DEM) e Mário Kertész (PMDB) comemoraram a boa receptividade da população. "Se depender do calor que estamos recebendo nas ruas, vamos vencer este ano", disse Neto.

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