Moares quer indenização por ser chamado de advogado do PCC
O ministro nega relação com a organização criminosa e cobra danos morais contra um advogado criminalista
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), entrou com um pedido de indenização por danos morais de R$ 50 mil contra um homem que lhe chamou de "advogado do PCC". Desde o ingresso na Suprema Corte, o magistrado nega que advogou para a organização criminosa.
A acusação contra Moraes foi feita pelo advogado criminalista Celso Machado Vendramini, em junho de 2023, durante um júri na Justiça de São Paulo de dois policiais que respondiam pelo assassinato de dois suspeitos de roubo.
Vendramini também apontou que o ministro decretou prisões ilegais de bolsonaristas que participaram da tentativa de golpe de 8 de janeiro, sem oferecer audiência de custódia.
"Os senhores viram aqui quando eu falei de Alexandre de Moraes, o promotor falou 'ó, está sendo gravado, hein...'. Tá querendo me intimidar. Eu não tenho medo não, dele, de ninguém. Me processa, doutor, não me ponha medo. Não tenho medo de ninguém. É um indivíduo que tá lá, que foi secretário (inaudível), da PUC de SP, que é advogado do PCC", disse o advogado.
Em 2017, ainda na sabatina do Senado, Alexandre de Moraes explicou que seu escritório defendeu a cooperativa de transportes Trancooper, suspeita de ter ligação com o PCC.
"A atuação do escritório era de casos de indenização por acidente de trânsito. Como se chegou à questão do PCC? Determinado deputado estadual de São Paulo era um dos cooperados e na sua campanha para reeleição pediu emprestada a garagem da cooperativa para reunião. Nessa reunião, estavam presentes duas pessoas que estavam sendo investigadas por ligação com o crime organizado", se posicionou o ministro.