Haddad critica caso Paraisópolis e Tarcísio se esquiva
O petista acusou o ex-ministro de não ser transparente e afirmou que a atitude gera "suspeição". "Não se destrói provas, evidências, se confia na autoridade policial", disse o petista, durante debate
O candidato do PT ao governo de São Paulo deixou como "carta na manga" para o último bloco do debate promovido pela TV Globo o episódio envolvendo seu adversário, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cujo um auxiliar de campanha pediu para que um cinegrafista apagasse imagens do tiroteio no bairro de Paraisópolis que interromperam a agenda do ex-ministro na região.
Haddad acusou o ex-ministro de não ser transparente e afirmou que a atitude gera "suspeição". "Não se destrói provas, evidências, se confia na autoridade policial", disse o petista, durante debate. Ele declarou que as imagens poderiam ser úteis para investigação, e que não deveriam ser apagadas.
Em resposta, Tarcísio afirmou que "lamenta" que o adversário faça "sensacionalismo com uma coisa séria". "Primeira coisa: você sabe onde foi feito esse pedido? Foi feito dentro do nosso escritório na Vila Mariana. E sabe por que a gente estava lá com o cinegrafista? Porque a gente não deixou ninguém ficar pra trás", disse Tarcísio ao se defender sobre o tema.
Segundo o ex-ministro, foi pedido para que as imagens fossem apagadas foram feitas por preocupação com pessoas.
Nesta semana, a Folha de S.Paulo publicou um áudio em que mostra que um integrante da campanha do Tarcísio mandou um cinegrafista da Jovem Pan apagar imagens do tiroteio de Paraisópolis, no dia 17. Já na noite de quarta-feira, 26, o jornal revelou que, logo após a publicação da matéria, a equipe de Tarcísio teria pedido o desligamento do funcionário e que a emissora teria sugerido que ele gravasse um vídeo para o candidato.
Na justificativa, Tarcísio explicou que o funcionário mandou apagar o conteúdo por causa da "preocupação com a segurança das pessoas" que estavam presentes no incidente.