Lula diz que Forças Armadas não devem se meter em política
Além disso, o ex-presidente afirmou que o número de militares no governo Bolsonaro é grande porque o presidente é medroso
Durante visita ao Recife nesta segunda-feira (16), o ex-presidente Lula (PT) afirmou que as Forças Armadas têm o seu papel definido na constituição e que, se eleito em 2022, vai fazer com que esse papel seja cumprido. "As Forças Armadas existem para defender a soberania nacional contra possíveis inimigos externos", salienta.
"Ela tem que tomar conta da nossa fronteira terrestre, marítima, do espaço aéreo e precisa proteger o povo brasileiro. É isso que ela precisa fazer, e não se meter em política. Se quiser se meter, tire a farda, vire um cidadão comum e pode ser candidato a qualquer coisa", defende o petista.
Lula afirmou que não está em conversa com nenhum integrante das Forças Armadas para um possível apoio em 2022 e que eles devem respeitar a Constituição. "Quando eu ganhar eu vou conversar, porque vou ser chefe deles e vou dizer o que penso e qual o papel deles", assegura.
O ex-presidente ainda aproveitou para falar que quase seis mil militares estão em cargos de confiança no governo de Jair Bolsonaro (sem partido) por incompetência do presidente. "Ele adora ter contato com essa gente. São milicianos, aposentados das Forças Armadas, e eu sinceramente acho que o que ele está fazendo com as Forças Armadas é um desprestígio à instituição. Eu quero que elas sejam fortes, estejam bem preparadas. O que não pode é um presidente ficar dando emprego, que é da área pública e civil, colocando militar da reserva. Tem mais coronéis e generais no governo do que nos quartéis", pontua.
Para o ex-presidente Lula, o número de militares no governo acontece porque o Bolsonaro é "medroso".