De licença, Sâmia afirma que votaria contra voto impresso
Jornal havia noticiado, equivocadamente, que a parlamentar de esquerda teria votado a favor da PEC 135/2019
A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) esclareceu nesta quarta-feira (11) que não apenas não votou a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, que trata da obrigatoriedade do voto impresso no Brasil, como votaria contra a proposta, caso estivesse atendendo regularmente às atividades no Congresso. Bomfim está afastada desde 24 de junho, após dar luz ao seu primeiro filho. Ao apurar os votos, a CNN havia declarado, erroneamente, que a psolista votou a favor da PEC, o que levou ao esclarecimento seguinte:
“Desde 24 de junho estou em licença-maternidade e, por isso, impedida de participar das votações. Se pudesse votar, sem dúvidas, votaria junto com a bancada do PSOL CONTRA essa proposta descabida. O veículo corrigiu, mas é importante reafirmar aqui minha posição. Nosso mandato está travando uma luta para que a Câmara informe nos painéis de votação que não estou ausente, mas sim exercendo meu direito à licença. A mesa diretora precisa corrigir essa informação com urgência!”, escreveu em suas redes sociais.
No último dia 6, a deputada enviou um requerimento à Mesa Diretora da Câmara para que a Casa passe a sinalizar nos painéis de votação do plenário e de suas comissões quando uma parlamentar estiver em licença-maternidade. Ela diz ter sido cobrada e questionada como sendo uma “deputada faltosa” ou que não se posiciona em relação a votações importantes, já que os painéis sinalizam sua ausência ao invés de informar licença-maternidade. Por esta mesma razão, a CNN acabou noticiando o posicionamento equivocado.
A votação da PEC do Voto Impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19) ocorreu nesta terça-feira (10). Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e 1 abstenção. Como não atingiu o mínimo de 308 votos favoráveis, o texto será arquivado.