João diz que economia não é foco da reforma administrativa
As medidas de austeridade devem ser feitas, segundo Campos, quando ele assumir a Prefeitura do Recife
O prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), afirmou na tarde desta segunda-feira (28), que a reforma administrativa para a gestão de 2021, aprovada em primeira votação na Câmara dos Vereadores, não tem como foco trazer economia para os cofres públicos do município - pelo menos neste primeiro momento -.
Ele reforça que a reforma administrativa "tem como objetivo fazer uma reestruturação da máquina, do funcionamento das secretarias, criar uma área específica para os licenciamentos e trazer a agenda da transformação digital como uma agenda principal do governo".
O pessebista salienta que no segundo passo, com a aprovação dessa reforma, haverá as medidas de austeridade, com corte de despesas e gastos. "Tudo isso a gente vai fazer e anunciar a partir de janeiro, quando a gente vai conseguir fazer um conjunto de medidas que garantem que o que a gente anunciou na campanha possa ser cumprido", diz João Campos.
O Projeto de Lei do Executivo 25/2020 foi proposto pelo atual prefeito do Recife, Geraldo Júlio (PSB), juntamente com o seu apadrinhado político e prefeito eleito da capital pernambucana. A primeira votação da reforma econômica ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspender a liminar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), pedida por vereadores da oposição, que impedia a Câmara de votar essa PLE.
Além disso, houve polêmica em relação à geração econômica de apenas R$ 78,71, com a extinção de 561 cargos comissionados. Esses cargos comissionados equivalem R$ 3.553.078,71. No entanto, a equipe de transição está criando 350 novos cargos comissionados, que equivalem a R$ 3.553.000, ocasionando, no fim, a pífia economia para os cofres públicos do Recife de R$ 78,71.