Viagens de Flávio Bolsonaro e esposa serão investigadas
A agência de viagens deve fornecer dados sigilosos das viagens realizadas durante 12 anos pelo filho do presidente e a esposa
As viagens realizadas pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e a esposa, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, enquanto foi deputado - entre 2007 e 2018 - serão investigadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A Justiça carioca determinou que a agência Decolar.com repasse todas as informações disponíveis.
Além dos dados de transações comerciais, o MPRJ pediu acesso às datas, produtos contratados, formas de pagamento, valores, nomes indicados nos bilhetes, origens e destinos de viagem do casal. Os promotores do caso acreditam que as informações podem indicar "o caminho traçado pelo dinheiro e, inclusive, se os investigados têm renda compatível com os gastos".
A Decolar.com atendeu a solicitação, mas chegou a recorrer duas vezes ao Tribunal de Justiça do estado sob alegação de que o repasse de informações violaria o direito à intimidade dos investigados.
A investigação contra o filho do presidente ganhou um novo episódio com a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz, nessa quinta-feira (18). Ele é suspeito de operar um suposto esquema de 'rachadinha' no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre 2016 e 2017, mesmo com o valor sendo incompatível com seu patrimônio. O MPRJ ainda aponta que o senador lavou R$ 2,3 milhões com imóveis e uma loja de chocolates.