Inquérito conclui que Adélio agiu sozinho e sem mandantes
Segundo as investigações, atentado contra Bolsonaro não tem ligação com partidos políticos ou grupos terroristas
A Polícia Federal (PF) concluiu, em segundo inquérito, que Adélio Bispo de Oliveira, que atacou Jair Bolsonaro durante campanha presidencial, agiu sozinho e sem mandantes. O atentado aconteceu em 6 de setembro de 2018 na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais.
De acordo com publicação do G1, a investigação coordenada pelo delegado Rodrigo Morais e entregue nessa quarta - feira (13) à Justiça Federal em Juiz de Fora, Minas Gerais (MG), o autor da facada agiu sozinho, por iniciativa própria, sem ajuda de terceiros ou até mesmo mandantes.
"O que a investigação comprovou foi que o perpetrador, de modo inédito, atentou contra a vida de um então candidato à Presidência da República, com o claro propósito de tirar-lhe a vida", destaca o delegado no inquérito, publicado pelo G1.
Ainda de acordo com as investigações, não foi comprovada a participação de partidos políticos, facções criminosas, grupos terroristas ou paramilitares em qualquer fases do crime. Com isso, o delegado reafirma que o crime, em todas as etapas, foi planejado e executado por Adélio.
Inquéritos
O primeiro inquérito tinha sido concluído em setembro de 2018, mesmo mês e ano que o crime aconteceu. Neste primeiro momento, o ataque já havia sido considerado uma ação autônoma, com motivação considerada como “indubitavelmente política”. A segunda investigação foi iniciada para apurar se o autor da facada teria recebido ajuda de terceiros para planejar e executar o atentado.
No segundo inquérito a PF investigou todo o material apreendido com Adélio Bispo. Dentre os equipamentos confiscados estavam um computador portátil, aparelhos celulares e documentos. Foram analisados 2 terabytes de arquivos de imagens, 350 horas de vídeo, 600 documentos e 700 gigabytes de volume de dados de mídia, além de 1200 fotos. Ao final, 23 laudos periciais foram elaborados, 102 pessoas entrevistadas e 89 testemunhas ouvidas.
Também foram analisadas pela PF, durante a investigação, cerca de 40 mil e-mails recebidos e enviados em contas registradas por Adélio. Além de diligências de busca e apreensão, quebras de sigilos fiscais, bancários e telefônicos.