Combate a incêndios na Amazônia pode ser prorrogado
O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), editado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 24 de agosto, é válido por 30 dias e expira no próximo dia 24, mas deverá ser estendido por 30 dias
O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta sexta-feira (13) que a operação de combate aos incêndios na floresta amazônica, coodenada pelas Forças Armadas, deverá ser prorrogada por mais 30 dias.
O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), editado pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 24 de agosto, é válido por 30 dias e expira no próximo dia 24.
"A operação está prevista até o dia 24 de setembro e a nossa ideia, depois que o presidente voltar [de viagem aos Estados Unidos], é solicitar a prorrogação dela", afirmou Mourão a jornalistas ao deixar o Palácio do Planalto na tarde desta sexta-feira.
Mais cedo, Mourão se reuniu com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, que apresentou um balanço das ações na Amazônia. O presidente em exercício classificou como "muito bom" o resultado da operação até agora" e citou dados repassados pelo ministro, como a aplicação de mais de R$ 25 milhões em multas, além da apreensão de 12 mil metros cúbicos de madeira, veículos, embarcações, motosserras e outros equipamentos.
"O ministro da Defesa me apresentou os resultados da operação de combate às queimadas, que está bem eficiente. Já tem em torno de R$ 25 milhões em multa aplicada, 12 mil metros cúbicos de madeira apreendidos, embarcação, veículo etc. Em torno de 350 ataques a focos de queimadas terrestres, mais umas 350 incursões aéreas, de aeronaves, então, um resultado muito bom", disse. Segundo Mourão, o foco das ações tem sido a região do sul do Pará e o sul do Amazonas.
Mourão disse ter visto fotos aéreas de áreas de floresta onde foi possível constatar "diminuição acentuada" das áreas de queimada. Questionado se o governo federal poderia apoiar o estado de Mato Grosso, que tenta debelar um grande incêndio no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, próximo de Cuiabá, o presidente em exercício disse que não houve ainda um pedido formal, mas ressaltou que esse tipo de operação, como a que está sendo realizada na Amazônia, custa cerca de R$ 1,5 milhão por dia, por causa do uso intensivo de aeronaves.
Hamilton Mourão passa o fim de semana em Brasília, sem compromissos oficiais e embarca na tarde de domingo (15) para Natal, onde cumpre extensa agenda de compromissos no dia seguinte. Ele participará da abertura de um evento que reúne mais de mil empresários brasileiros e alemães e deve se reunir com a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, para tratar de um plano estadual de segurança pública.