Defesa: Léo Pinheiro foi pressionado para incriminar Lula
A defesa do ex-presidente Lula (PT) divulgou um ofício afirmando que o ex-presidente da construtora OAS foi pressionado para mudar versão e incriminar o petista no caso do Triplex
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou um ofício neste final de semana afirmando que o ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, foi pressionado a mudar sua versão e incriminar o petista no caso envolvendo o tríplex no Guarujá.
O ofício veio à tona após novos vazamentos feitos pelo site The Intercept de conversas entre o então juiz federal Sergio Moro e procuradores da operação Lava Jato. O jornalista Gleen Greenwald, esposo do deputado federal David Miranda (PSOL), é o responsável pelas publicações.
A reportagem do Intercept diz que o empreiteiro que incriminou Lula no caso que o levou à prisão "foi tratado com desconfiança pela Operação Lava Jato durante quase todo o tempo em que se dispôs a colaborar com as investigações".
"A reportagem publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo reforça a forma ilegítima e ilegal como foi construída a condenação do ex-presidente Lula no chamado caso do 'triplex'", disse o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.
"Conforme histórico do caso, Léo Pinheiro, que ao longo do processo nunca havia incriminado Lula, foi pressionado e repentinamente alterou sua posição anterior em troca de benefícios negociados com procuradores de Curitiba, obtendo a redução substancial de sua pena", pontuou Zanin.
Ainda de no ofício da defesa de Lula, há a informação de que que na época chegou a ser pedido apuração das "informações divulgadas pela imprensa, dando conhecimento de que Léo Pinheiro estaria sendo forçado a incluir artificialmente o nome do ex-presidente Lula no seu acordo de delação. Tais procedimentos, no entanto, foram sumariamente arquivados".