João Paulo alfineta redução orçamentária da Defesa
O parlamentar afirmou que o corte na verba das Forças Armadas não era esperado pelos oficiais que fazem parte do Governo e compartilham com ele preceitos ideológicos em relação aos partidos de esquerda
A redução de 44% no orçamento das Forças Armadas, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), foi alvo de críticas do deputado João Paulo (PCdoB). Nessa quinta-feira (9), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o parlamentar condenou a medida e a influência de Olavo de Carvalho no Governo Federal, além de relembrar o tratamento dado os militares durante as gestões petistas.
De acordo com ele, o corte no Ministério da Defesa não era esperado pelos oficiais, que fazem parte do Governo e compartilham com ele preceitos ideológicos em relação aos partidos de esquerda. “Agora, foram atingidos pela campanha hostil e delirante do autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho”, disse.
“O desprezo pelo setor e a permissão do porte de armas a políticos, advogados, jornalistas e caminhoneiros parece estimular a criação de força militarizadas paralelas”, complementou o parlamentar. João Paulo observou que a redução nos recursos do Ministério da Defesa será de R$ 5,8 milhões. “Apesar de significativo, ainda é menor, em valores absolutos, que o bloqueio no Ministério da Educação, da ordem de R$ 7 bilhões”, comentou.
Ele ainda pontuou que, nos governos de Lula e Dilma, o orçamento da Defesa quase triplicou e os salários dos militares aumentou. Também ressaltou projetos como a aquisição de caças, a construção de submarinos e a compra de máquinas e equipamentos para Exército, Marinha e Aeronáutica. “Ninguém se dirigia ao militar em termos ofensivos e jamais se usou as redes sociais para falar mal dessas forças e seus homens, como faz fazem atualmente”, registrou o deputado.
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