Marina Silva alfineta Lula e elogia a Justiça brasileira
A candidata disse, nesta quarta (29), que não existe essa história de “rouba, mas faz”
Na semana passada, no Recife, a candidata a presidente Marina Silva (Rede) chamou a atenção por não citar o nome do ex-presidente Lula durante uma coletiva de imprensa. Ao contrário, a ex-ministra de Lula, ao ser questionada sobre a decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU com objetivo de que o líder petista pudesse participar da disputa eleitoral, falou que essa era apenas uma “recomendação”.
Marina chegou a afirmar, em contraposição ao que afirmam a defesa e aliados a do ex-presidente, que a Justiça brasileira tem cumprido com tudo o que é necessário em uma democracia. A presidenciável ainda foi firme ao falar que “a Lei da Ficha Limpa diz que se alguém é condenado a segunda instância não pode participar do processo eleitoral”, mas sem tocar em nenhum momento no nome de Lula.
Nessa quarta-feira (29), em entrevista à Rádio Jornal, Marina também não citou o nome de Lula ao ser questionada sobre como via a parcela do eleitorado que vê o ex-presidente como vítima de uma “perseguição”. A candidata voltou a dizer que a Justiça está fazendo um bom trabalho e falou sobre roubo.
“O Ministério Público, a Polícia Federal. (...) Não existe essa história de rouba, mas faz. Rouba, mas é de direita. Rouba, mas é de esquerda. Rouba, mas faz reformas. Tem que fazer e não roubar. Porque quando não rouba, a gente faz muito mais”, respondeu de forma firme a candidata que é a considerada a que mais herda os votos dos eleitores segundo pesquisas.
Apesar da declaração de Marina, uma pesquisa qualitativa elaborada pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, encomendado pelo LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, revela o que para muitos pode significar o fundo do poço em relação ao atual cenário político brasileiro: a maioria dos recifenses preferem o político que “rouba, mas faz”.