No Recife, Boulos promete emprego, educação e moradia

O candidato a presidente disse que vai gerar seis milhões de empregos e um milhão de novas vagas nas universidades públicas em um prazo de dois anos

por Taciana Carvalho qua, 22/08/2018 - 22:09
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O candidato a presidente Guilherme Boulos (PSOL) desembarcou mais uma vez no Recife, nesta quarta-feira (22), no Pátio de São Pedro, área central do Recife, para um comício com a militância e movimentos sociais. Para um público tímido, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) prometeu emprego, educação, moradia e políticas públicas para o segmento LGBT. 

Em seu discurso, Boulos disse que tem propostas para o Brasil e que isso o trouxe para o ato na capital pernambucana. O psolista foi ovacionado quando chegou a garantir que vai gerar seis milhões de empregos em um prazo de dois anos. “Enquanto eles geraram 14 milhões de desempregados, em dois anos vamos gerar seis milhões de empregos para os trabalhadores com o programa Levanta Brasil”, prometeu. 

Boulos também garantiu que em seu governo mulheres e homens que exercem o mesmo cargo terão os mesmos salários. “Enquanto eles dizem que as mulheres devem ganhar menos do que os homens, nós deixamos claro que no nosso governo vai ter salário igual para trabalho igual e que cabe, sim, ao governo intervir. Qualquer empresa que queira pagar salários diferentes vai ser punida e penalizada por isso”. 

O candidato prometeu com o programa Levanta Brasil criar um milhão de novas vagas nas universidades públicas do país. “Dinheiro público vai para as universidades”, disse. Ainda na área da educação, ele foi taxativo ao falar que irá suspender por um ano as cobranças dos endividados com o Fies, de modo que os jovens possam reorganizar as suas vidas. 

Direcionando as palavras aos movimentos sociais, o candidato do PSOL falou que vai criar um programa de moradia popular que irá desapropriar os prédios vazios localizados no centro das cidades brasileiras. “Porque pobre pode morar no centro sim. É direito à casa, mas é direito à dignidade, é direito à cidade”, disse também falando que irá enfrentar os banqueiros de modo a acabar com o que chamou de “farra da vida pública”. 

As promessas durante o ato no Recife não pararam por aí. Boulos também garantiu que irá desmilitarizar as polícias. “Nós vamos dizer com todas as letras que vamos desmilitarizar as polícias e investir em um modelo de prevenção, em um modelo que valoriza as pessoas porque não queremos uma polícia que seja temida. Queremos uma polícia que seja respeitada e para ser respeitada ela precisa respeitar o povo”. 

Para o segmento LGBT, ele afirmou que haverá políticas públicas expondo que os demais candidatos querem interferir na forma que as pessoas amam e reiterou que vai enfrentar o “tabu” do tema diversidade sexual nas escolas. Segundo ele, quando não trata do tema cedo, o ódio e a violência são alimentados. 

No final do seu pronunciamento, o candidato disse  que não tem dinheiro para a campanha e nem tempo de televisão. “Mas nós temos uma coisa que eles não têm e que nunca vão ter: nós temos coerência para andar de cara limpa neste país para dizer às pessoas que a gente representa um projeto. A mudança depende de todos, para poder dar certo depende de cada um de todos nós. Nós temos 47 dias daqui até o dia 7 de outubro”, finalizou.

Além das chapas majoritárias, estiveram presentes alguns candidatos do partido como o deputado Edilson Silva, o vereador Ivan Moraes, Áureo Cisneiros, Aldo Lima, as Juntas co-deputadas, Levi Costa, Paulo Rubem Santiago, dentre outros.

A candidata a governadora de Pernambuco, Dani Portela (PSOL), discursou sobre desafios. “A gente tem um desafio, que é vencer as capitanias hereditárias políticas do estado de Pernambuco. Nós somos uma chapa que tem duas mulheres negras no centro. Somos a base da pirâmide e movemos estruturas. Isso é ancestralidade. É tempo de ocupar a política e nós não vamos recuar”, disse. 

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