Na volta do recesso, apenas 25 deputados marcam presença
No Senado, o dia também foi parecido - não houve sessão oficial e praticamente sem atividade dos senadores
Apenas 25 dos 513 deputados federais compareceram nesta quarta-feira, dia 1º, na Câmara, em Brasília, na volta do recesso de julho. Oficialmente, o recesso parlamentar ocorreu entre os dias 18 e 31 de julho.
Pela manhã, dos oito deputados que estiveram presentes na Casa somente um parlamentar participou desde o início do único evento agendado para o dia. O deputado Flavinho (PSC-SP), que tem eleitorado na região do Vale do Paraíba (SP), onde fica a sede da Embraer, presidiu reunião convocada por ele para debater a situação da empresa, cujo controle acionário poderá ser arrematado pela americana Boeing.
Flavinho criticou a ausência dos colegas. "Eles estão mais preocupados com as eleições", afirmou ele.
A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) chegou após o início do evento. Dois convidados participaram da audiência - o economista Paulo Kliass e o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Herbert Claros da Silva. O presidente da Embraer, Paulo César de Souza e Silva, foi convidado, mas não compareceu.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estava no Rio de Janeiro, sem compromissos oficiais, e só deve retornar à capital federal nesta quinta-feira, dia 2.
Ao longo do dia, os eventos que movimentaram a Casa foram as convenções nacionais do PCdoB, que oficializou a candidatura da deputada estadual do Rio Grande do Sul Manuela d'Ávila ao Palácio do Planalto, e do PRB, que reafirmou a participação na aliança em torno da candidatura do presidenciável tucano Geraldo Alckmin.
Pautas
Até a conclusão dos trabalhos deste ano, em dezembro, os deputados ainda têm questões importantes para discutir. Entre elas, estão a votação do cadastro positivo - registro que tem o objetivo de baratear o crédito - e a situação do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que teve sua prisão decretada em dezembro do ano passado e hoje cumpre prisão domiciliar.
Maluf foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena de 7 anos, 9 meses e 10 dias pelo crime de lavagem de dinheiro desviado durante a sua gestão como prefeito de São Paulo. Maia agendou para o próximo dia 7 uma reunião da Mesa Diretora da Casa para tratar sobre o pedido de cassação do deputado paulista.
Senado
No Senado, o dia também foi parecido - não houve sessão oficial e praticamente sem atividade dos senadores. Nas próximas semanas deve haver esforço concentrado de votações de projetos nos dias 7, 8, 13 e 14. Depois o foco dos parlamentares deve ser a campanha eleitoral - vários são candidatos à reeleição ou concorrem a cargos em seus Estados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.