Marília não pretende deixar PT se candidatura for vetada

Para Marília será difícil a legenda descartar a postulação dela diante de pesquisas que a apontam na liderança das intenções de votos

por Giselly Santos sex, 29/06/2018 - 12:31
Julio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo Marília Arraes ainda ponderou que está “preparada” para qualquer que seja a decisão do PT Julio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

A divisão no PT diante da decisão de ter candidatura própria ou apoiar à reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) tem suscitado questionamentos sobre a postura da vereadora do Recife, Marília Arraes (PT), caso a legenda opte por voltar a integrar a base governista e vete a postulação dela. Indagada se pretende deixar o PT se a candidatura ao Palácio do Campo das Princesas for impedida, tendo em vista que uma das justificativas pela saída do PSB em 2015 teria sido o impedimento de uma postulação, Marília negou.  

“Não rompi com o PSB por causa disso. Tentei ser candidata em 2006, não consegui. Agora isso não foi à público, em 2010, não tive oportunidade dentro do partido e em 2014. O que acontece é que o PSB deu uma guinada a direita, rompeu com tudo o que tinha defendido na sua vida e não tinha como continuar. Achei que eu tinha que ter essa responsabilidade de continuar do lado que sempre estivemos”, frisou, em entrevista a uma rádio de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco, nessa quinta-feira (28). 

No PT, o nome dela é o que se sobressai entre três pré-candidaturas que estão colocadas. Marília reforçou que será difícil para a legenda descartar a postulação dela diante de pesquisas de aferição das intenções de votos encomendadas pelos petistas. 

“É muito difícil você tirar um nome que está praticamente empatada na liderança nas pesquisas e tem possibilidades de eleger uma grande bancada”, observou, pontuando que a conjuntura que a envolve é diferente da que o ex-prefeito do Recife, João da Costa, estava inserido em 2012 quando teve o nome preterido para reeleição. 

Marília Arraes ainda ponderou que está “preparada” para qualquer que seja a decisão do PT. “Mas não temos o direito de fazer um plano B. De chegar e dizer eita se não der certo aqui vou disputar para isso. Não dá”, cravou. A decisão do PT sobre ter candidatura própria ou estar alinhado ao PSB deve ser anunciada até o fim de julho. 

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