Renato Duque, visto como operador do PT, negocia delação
A informação é do jornal O Globo desta segunda-feira (30). De acordo com a reportagem, Duque acaba de se tornar colaborador formal da força-tarefa em um acordo internacional e está fechando um nacional
Ex-diretor de Serviços da Petrobras, o engenheiro Renato Duque está negociando firmar um acordo de delação premiada com a Lava Jato. A informação é do jornal O Globo desta segunda-feira (30). De acordo com a reportagem, Duque acaba de se tornar colaborador formal da força-tarefa em um acordo internacional e está em negociações avançadas com os procuradores para passar a delatar também nos casos investigados pela operação no Brasil.
Renato Duque está preso desde novembro de 2014 e, de acordo com a investigação, ele passou os governos do PT recolhendo propinas na Petrobras. Ele é considerado pelos investigadores como o principal operador do PT no esquema. Uma delação dele é considerada crucial pela Lava Jato, pela gama de documentos que podem ser usadas como provas documentais contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, a partir de repasses da Odebrecht.
O acordo entre Duque e a Lava Jato, segundo o jornal, evoluiu depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu retirar das mãos do juiz Sérgio Moro trechos da delação da Odebrecht citando o ex-presidente Lula e o fato dele já colaborar com a investigação internacional. Em troca de imunidade diante da Justiça italiana, o ex-diretor da Petrobras assinou acordo com procuradores brasileiros e italianos para confessar crimes relacionados a investigações que tramitam naquele país. Duque prestou depoimentos às autoridades italianas no começo de março.
Em depoimento a Moro em maio do ano passado, Duque disse que Lula sabia do esquema de corrupção na Petrobras, agia em favor das empreiteiras e arbitrava a divisão da propina.