'Só deixo disputa se me matarem', crava Jair Bolsonaro

A postura do deputado foi em reação às reportagens publicadas pelo jornal Folha de São Paulo questionando o patrimônio dele e dos filhos. “Não desistirei dos meus propósitos", assegurou Bolsonaro

por Giselly Santos qui, 11/01/2018 - 10:20
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo . Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) publicou um vídeo nas redes sociais em reação à reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo, no fim de semana, questionando o crescimento exponencial do patrimônio dele e dos seus três filhos Flávio, Eduardo e Carlos - respectivamente, deputado estadual do Rio de Janeiro, deputado federal e vereador do Rio - depois do ingresso na política. 

Na publicação, o presidenciável dispara críticas contra o jornal, ao qual chama de “canalha”, e garante que não deixará a disputa pelo comando do país este ano. “Não desistirei dos meus propósitos que são Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”, cravou. 

“Só em duas situações eu posso não estar neste ano no debate presidencial: se me tirarem na covardia, por um processo qualquer, na covardia, não é esse processo do Lula não, aí é apelo por parte deles, ou se me matarem. Não estou preocupado com isso. Se me matarem vão ter que me enterrar, vão arranjar outro Celso Daniel [prefeito petista morto em 2002]”, acrescentou.  

De acordo com uma reportagem, a família Bolsonaro é dona de 13 imóveis com um preço de mercado orçado em pelo menos R$ 15 milhões. Os bens de Bolsonaro incluem, ainda, carros que vão de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão, como consta na Justiça Eleitoral e cartórios. Alguns deles, segundo a matéria, são suspeitos de ter sido adquiridos de maneira ilícita, por lavagem de dinheiro. O presidenciável nega a acusação. 

“Nós temos que mudar o Brasil. Essas acusações bestas não vão prosseguir”, salientou, pontuando que está ansioso para ir aos debates com os presidenciáveis e expor suas propostas para o país. “Tão ansiosíssimos pelo debate para discutirmos questões de violência, quero ver o programa de violência de vocês. A gente vai resolver as questões do Brasil e ponto final. E certas coisas têm que ser com radicalismo… Nós temos como resolver o problema do Brasil, sem salvador da pátria, mas com salvadores, como eu e vocês”, concluiu. 

Embed:

COMENTÁRIOS dos leitores