Humberto:'É um governo de asnos a começar pelo presidente'
A crítica do senador e líder da oposição diz respeito a articulações do presidente Michel Temer (PMDB) para conquistar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional
Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) criticou as articulações do presidente Michel Temer (PMDB) para conquistar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. Segundo o senador pernambucano, o governo Temer “investe contra os aposentados e pensionistas brasileiros ao aumentar a idade mínima para a aposentadoria, acabar com o regime previdenciário próprio dos servidores públicos e elevar o tempo de contribuição”.
Humberto classificou as mudanças como “medidas inadmissíveis”, questionou a falta de discussão com a sociedade e comparou o presidente com animais como asno, jumento e jerico.
“Afogado em denúncias, asfixiado pela rejeição popular e com uma base mantida à custa do saque do dinheiro do brasileiro, esse presidente golpista insiste em aprovar uma reforma que vai destruir a segurança de uma velhice tranquila. É um governo de asnos, jericos e jumentos, a começar pelo presidente da República”, afirmou Humberto. "E quero aqui, aliás, me desculpar com esses animais, que não merecem esse tipo de comparação", complementou.
De acordo com Humberto Costa, mais de R$ 20 milhões do orçamento da União foram gastos em uma campanha de publicidade classificada por ele como “mentirosa” para convencer os brasileiros da necessidade da reforma da Previdência. Para Humberto, as peças publicitárias “são cretinas e elegem os servidores públicos como inimigos da população, sendo que uma delas diz: tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”.
“Quem fala essa atrocidade é o governo de um presidente que se aposentou aos 55 anos sem nunca ter pegado no pesado e, hoje, ganha R$ 33 mil por mês. É mais um ato calhorda de uma gestão moribunda”, atacou. O líder da Oposição reconheceu ainda que o sistema previdenciário brasileiro “está longe de ser perfeito e deve ser corrigido, mas esse é um trabalho que não pode ser feito sem a participação de todos os setores sociais”.