Waldir Maranhão garante que não vai renunciar
O progressista afirmou que o foco agora é "trabalhar pelo Brasil"
Presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) assegurou, nesta sexta-feira (13), que não vai renunciar ao cargo. “Sem renúncia. Vamos ajudar a governar nosso país”, disse Maranhão aos repórteres que o esperavam na entrada da Casa.
O progressista afirmou também que o foco agora é "trabalhar pelo Brasil". A permanência de Maranhão no comando da Câmara deve agradar a nova bancada de oposição que já prometeu dar apoio a ele durante a condução dos trabalhos legislativos.
Maranhão estava sendo pressionado por partidos aliados ao governo de Michel Temer (PMDB) e por membros do PP a renunciar à presidência. Em coletiva, depois da afirmação do progressista, o primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, deputado Beto Mansur, disse que esse assunto está superado e que a pressão para que Waldir renuncie “é cada vez menor”.
As movimentações pedindo a saída do progressista da Mesa Diretora iniciou na última segunda (9), quando ele anulou a sessão que admitiu, no último dia 17, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na Câmara. Maranhão argumentou que os partidos não poderiam ter orientado a votação; que os deputados não poderiam ter anunciado os seus votos previamente; e que a defesa da presidente não poderia ter deixado de falar por último antes da votação do impeachment.
No dia seguinte (10), os titulares da Mesa Diretora da Câmara pediram, por unanimidade, a renúncia de Maranhão do cargo de 1º vice-presidente. A Mesa também propôs a Maranhão, como alternativa, o afastamento temporário do mandato – e, consequentemente, da 1ª vice-presidência – por 120 dias, não prorrogáveis.
Se Maranhão renunciasse, haveria novas eleições para o cargo de 1º vice-presidente da Câmara em cinco sessões. Segundo a Secretaria Geral da Mesa, o cargo cabe ao PP ou a outro partido do bloco que o PP integrava no início desta legislatura: PMDB, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEN e PRTB.
Se Maranhão se licenciasse do mandato por 120 dias, o 2º vice-presidente, deputado Giacobo (PR-PR), assumiria a Presidência interina da Câmara nesse período.