Ao saber de anulação, Dilma Rousseff pede "cautela"

'Nós vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas', pontuou a presidente, afirmando não saber detalhes sobre a decisão de Waldir Maranhão

por Giselly Santos seg, 09/05/2016 - 12:46
Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo Presidente reforçou a tese de que impeachment é golpe Líbia Florentino/LeiaJáImagens/Arquivo

A presidente Dilma Rousseff (PT) pediu cautela da população e dos aliados diante do anúncio feito pelo presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), sobre a anulação das sessões ocorridas na Casa entre os dias 15 e 17 de abril, quando a admissão do processo de impeachment da petista foi aprovado com o voto de 367 parlamentares. Dilma tomou conhecimento da decisão durante um discurso enquanto discursava na cerimônia de anúncio de criação de novas universidades no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Soube agora, da mesma forma que vocês souberam, que um recurso foi aceito e que, portanto, o processo esta suspenso. Eu não tenho essa informação oficial, não sei das consequências”, cravou. “Não tenho esta informação oficial, não podia, de maneira alguma fingir que não estava sabendo do mesmo que vocês. Mas, por favor, tenham cautela, nós vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas”, acrescentou.

 

Reforçando que o impeachment é um golpe, a presidente pontuou também a disposição dela de lutar até o fim contra o afastamento do cargo. “Temos que defender a democracia, lutar contra o golpe, contra esse processo irregular. Nós temos pela frente uma disputa dura e cheia de dificuldades”, frisou. Ela lembrou também que a democracia propiciou que o país elegesse primeiro “operário presidente da República, a primeira mulher presidente da República”.

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