Impeachment: sessão para votar parecer inicia com tumultos
Expectativa é de que votação inicie por volta das 15h
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), iniciou, há pouco, a sessão para a votação da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A reunião é a terceira seguida desde a última sexta-feira (15), quando iniciou a discussão do parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), relator do pedido de autoria dos juristas Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.
A sessão já iniciou com tumulto. Os deputados Arlindo Chinaglia e Afonso Florence, ambos do PT, questionaram as regras lidas por Cunha e, inclusive, pontuaram a ausência da defesa da presidente na sessão. Em protesto, Florence ficou em frente a Mesa Diretora, no entanto Cunha chamou a segurança para retirar o petista do local. Os parlamentares que estavam no Plenário e são a favor do impeachment iniciaram um coro chamando-o de “palhaço”.
Com os ânimos dos pares alterados, o relator da matéria iniciou a defesa do seu texto. Ele tem até 25 minutos para discursar. Em seguida, os 25 líderes fazem as recomendações para suas bancadas e os parlamentares iniciam a votação nominalmente. No microfone, eles vão votar sim, não ou abstenção. Cada um terá 10 segundos para divulgar o posicionamento.
Além disso, declarações dos parlamentares explicando seus votos serão anexados a ata da sessão deste domingo. Para aprovar a abertura do processo, são necessários, no mínimo, 342 votos. Caso isso aconteça, o pedido será encaminhado para o Senado, que instalará uma comissão especial para dar um novo parecer e afasta automaticamente a presidente Dilma Rousseff
Cunha proíbe cartazes
Entre a exibição de um cartaz e outro, a favor e contra o impeachment, uma faixa pedindo “Fora Cunha”, foi erguida na área onde está localizada a Mesa Diretora da Casa. Após isso, o presidente da Câmara afirmou que estava proibida, a partir daquele momento, a exibição de faixas e cartazes no plenário.
Para cumprir a nova ordem, Eduardo Cunha recomendou que os seguranças recolhessem os cartazes e cuidassem para que a medida fosse respeitada. Antes disso, parlamentares favoráveis ao impeachment estavam em pé atrás da Mesa Diretora. A estadia dos pares foi condenada pelo deputado Orlando Silva (PCdoB). Após questionamentos do comunista, Cunha pediu para que eles voltassem aos seus lugares.