Dilma encerra encontro para acertar contingenciamento

Contingenciamento pode ficar em torno de R$ 24 bilhões. Além da fixação de um limite para a expansão dos gastos públicos, o governo federal discute a possibilidade de descontar da meta fiscal parte da queda da arrecadação de impostos em anos de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País

qui, 11/02/2016 - 12:59

Durou pouco mais de uma hora e meia a reunião da presidente Dilma Rousseff com a junta orçamentária, composta pelos ministros Nelson Barbosa (Fazenda), Jaques Wagner (Casa Civil) e Valdir Simão (Planejamento), nesta quinta-feira (11). O encontro teve como objetivo acertar os detalhes do contingenciamento que será anunciado até esta sexta-feira (12).

Como já foi antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o contingenciamento pode ficar em torno de R$ 24 bilhões, segundo os últimos cenários traçados pelo governo. Além da fixação de um limite para a expansão dos gastos públicos, o governo federal discute a possibilidade de descontar da meta fiscal parte da queda da arrecadação de impostos em anos de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Dessa forma, a meta poderá ser ajustada ao ciclo econômico. No entanto, não é intenção da equipe econômica anunciar a proposta de reforma junto com o corte do Orçamento deste ano.

Pelas contas do governo ainda há previsão de arrecadação com a recriação da CPMF, mesmo sabendo das dificuldades de aprovação do tributo pelo Congresso Nacional. A equipe econômica não quer abrir mão do recurso em meio à crise e queda da arrecadação. A previsão inicial é que o governo consiga arrecadar R$ 10 bilhões ainda em 2016 com o chamado imposto do cheque.

Antes da reunião com a junta, Dilma recebeu Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia. No fim do dia, a presidente tem um encontro com Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Estado do Rio de Janeiro.

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