Dilma encerra encontro para acertar contingenciamento
Contingenciamento pode ficar em torno de R$ 24 bilhões. Além da fixação de um limite para a expansão dos gastos públicos, o governo federal discute a possibilidade de descontar da meta fiscal parte da queda da arrecadação de impostos em anos de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País
Durou pouco mais de uma hora e meia a reunião da presidente Dilma Rousseff com a junta orçamentária, composta pelos ministros Nelson Barbosa (Fazenda), Jaques Wagner (Casa Civil) e Valdir Simão (Planejamento), nesta quinta-feira (11). O encontro teve como objetivo acertar os detalhes do contingenciamento que será anunciado até esta sexta-feira (12).
Como já foi antecipado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o contingenciamento pode ficar em torno de R$ 24 bilhões, segundo os últimos cenários traçados pelo governo. Além da fixação de um limite para a expansão dos gastos públicos, o governo federal discute a possibilidade de descontar da meta fiscal parte da queda da arrecadação de impostos em anos de baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País. Dessa forma, a meta poderá ser ajustada ao ciclo econômico. No entanto, não é intenção da equipe econômica anunciar a proposta de reforma junto com o corte do Orçamento deste ano.
Pelas contas do governo ainda há previsão de arrecadação com a recriação da CPMF, mesmo sabendo das dificuldades de aprovação do tributo pelo Congresso Nacional. A equipe econômica não quer abrir mão do recurso em meio à crise e queda da arrecadação. A previsão inicial é que o governo consiga arrecadar R$ 10 bilhões ainda em 2016 com o chamado imposto do cheque.
Antes da reunião com a junta, Dilma recebeu Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia. No fim do dia, a presidente tem um encontro com Luiz Fernando Pezão (PMDB), governador do Estado do Rio de Janeiro.