Tucano condena "pacto" para travar o avanços da Lava Jato
Segundo o deputado federal Daniel Coelho, estão sendo realizadas manobras pelo PT, governo federal e o senador Renan Calheiros para travar as investigações dos casos que envolvem a Petrobras
O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) fez duras críticas as manobras que, segundo ele, estão sendo operadas pelo PT, o governo federal e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), para travar o andamento das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, sobre irregularidades em contratos da Petrobras. Sob a ótica de Daniel, eles firmaram um “pacto” para que órgãos como o Ministério Público não consigam cumprir com os seus papéis nas averiguações do caso.
“Não podemos deixar que esse pacto que se faz entre o governo, o PT e o presidente do Congresso, Renan Calheiros, para barrar as investigações, prosperem. Eles tentam pressionar Tribunal de Contas da União, Ministério Público, para que não cumpram seu papel. Mas ninguém, seja um cidadão simples do país, um deputado federal, um senador ou até mesmo um presidente da Republica, absolutamente ninguém, está acima da lei”, disparou o tucano, em discurso na Câmara dos Deputados, nessa terça-feira (18).
De acordo com Coelho, no último domingo (16), “o povo brasileiro deu uma demonstração de cidadania, de democracia, de que não mais aceita a corrupção como se fosse regra e como se fizesse parte do jogo”. “Por mais que alguns do governo tentem repetir o discurso que roubar é normal, é comum e que todos os fazem, isso não é verdade. A grande maioria dos brasileiros é honesta, trabalha os 30 dias do mês pra poder garantir o seu sustento e não concorda com a roubalheira como regra”, enfatizou.
Daniel afirmou ainda que a tentativa de tentar pressionar órgãos de controle para que não façam seu papel é vergonhoso. “Nós precisamos dar apoio à Polícia Federal, ao judiciário brasileiro e aos nossos promotores para que as instituições funcionem corretamente, investiguem, e, no caso dos culpados, esses sejam punidos exemplarmente, com cadeia, com cassação de mandato e com tudo aquilo que estiver previsto no nosso Código Penal e na Constituição brasileira”, concluiu.