Seguimos todas as etapas da lei, diz Câmara sobre Arena PE

Governador de Pernambuco defendeu as investigações, mas disse que "ela parte de premissas que não são devidamente sustentadas"

por Giselly Santos ter, 18/08/2015 - 10:58

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou ter seguido “todas as etapas da lei” com relação aos contratos assinados pelo Comitê Gestor das Parcerias Público-Privadas (PPPs) para a construção da Arena Pernambuco em São Lourenço da Mata. Os contratos firmados com a Odebrecht estão sendo alvo de investigações da Operação Fair Play da Polícia Federal. Segundo o socialista, que era vice-presidente do Comitê na época, as averiguações da PF têm argumentos que “não são devidamente sustentados”.  

“A Arena é hoje questionada judicialmente porque a construtora solicitou um aditivo de R$ 264 milhões que o Governo do Estado negou. Isso está judicializado. Então, são questões que precisam ser melhor explicadas, ter conhecimento maior de que tipo de denúncia é essa e que se investigue. Estou muito sereno em relação a isso e estou pronto para dar qualquer tipo de resposta a qualquer tipo de indagação que venha a surgir”, disse Câmara, nessa segunda-feira (17), após participar do lançamento do prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco.

“Seguimos todas as etapas da lei, fomos muito transparentes e eu tenho uma clareza de que tudo aquilo que está sendo dito aí não tem consistência, porque nós trabalhamos de maneira correta”, acrescentou. O governador defendeu ainda a continuidade das investigações. “Tenho defendido e vou continuar defendendo que qualquer tipo de investigação seja feita. O que claramente eu verifico dessa situação, por tudo que eu tenho conhecimento, que eu aprofundei muito após a divulgação é que ela parte de premissas que, no meu entendimento, não são devidamente sustentadas”, argumentou. 

Na última sexta-feira (14), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão da sede da construtora e na Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag). Segundo a Fair Play, o valor dos serviços no estádio estaria inflado em R$ 42,8 milhões.

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