CPI aprova quebra de sigilo de presidente da Mitsubishi
Empresa é uma das investigadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Zelotes. A suspeita é de que a Mitsubishi tenha usado meios ilícitos para conseguir reduzir o débito com a Receita Federal
A CPI que investiga as suspeitas relativas aos julgamentos realizados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) aprovou nesta quinta-feira (16) as quebras dos sigilos telefônico e telemático do atual presidente da Mitsubishi no Brasil, Robert Rittscher, e do ex-presidente da companhia, Paulo Ferraz.
A empresa é uma das investigadas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Zelotes. A suspeita é de que a Mitsubishi tenha usado meios ilícitos para conseguir reduzir o débito com a Receita Federal de R$ 266 milhões para menos de R$ 1 milhão.
Rittscher prestou depoimento na semana passada, mas o colegiado considerou que ele não acrescentou muitas informações ao caso. "Precisamos esclarecer ainda muitas questões quanto ao caso da Mitsubishi. Ela negociou com operadores do esquema investigado pela PF e teve uma vitória num processo de centenas de milhões", disse o presidente da CPI, Ataídes Oliveira (PSDB-TO).
A CPI aprovou também outras quebras de sigilo fiscal e bancário, como a de Hugo Borges, que é suspeito de ser um dos principais operadores financeiros do ex-conselheiro do órgão José Ricardo da Silva, investigado pela PF. A CPI também terá acesso a esse tipo de dado de outras pessoas supostamente ligadas ao esquema, além de duas empresas, a Planeja Assessoria e da Alfa Atenas Assessoria Empresarial.
Até a publicação desta notícia a Mitsubishi ainda não havia se manifestado. A reportagem não conseguiu contato com os demais citados.