Collor diz que ação da PF foi ‘invasiva e arbitraria'
Senador petebista criticou a ação policial e apontou um desrespeito aos senadores que tiveram suas casas alvo da nova fase da operação
O senador Fernando Collor (PTB-AL) se posicionou em nota sobre o mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal, nesta terça-feira (14), durante a deflagração da nova fase da Operação Lava Jato. No texto, o petebista diz repudiar “com veemência a aparatosa operação policial” e classifica a medida como “invasiva e arbitrária” porque a investigação já acontece desde o ano passado e o ex-presidente “jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos”.
“Ao contrário disso, por duas vezes o Senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal, sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas”, observou Collor, em nota divulgada na página oficial do facebook do petebista.
No documento, o senador critica a ação policial e pontua um "desrespeito" as garantias individuais pelo "Estado Policial". “Afinal, se nem os membros do Senado Federal estão livres do arbítrio, o que se dirá do cidadão comum, à mercê dos Poderes do Estado”, acrescenta o texto.
Além de Collor, outros senadores foram alvos da fase batizada de Politeia pela Polícia Federal, como Ciro Nogueira (PP-PI) e o pernambucano Fernando Bezerra Coelho (PSB). Este, inclusive, colocou-se à disposição para esclarecer os fatos investigados e também criticou a ação deliberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).