MP 665: Costa diz que governo 'já foi até onde podia'
Mais cedo, o governo conseguiu aprovar a constitucionalidade da matéria por uma margem apertada, de apenas cinco votos de vantagem
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), negou nesta terça-feira, 26, que o Palácio do Planalto pretenda fazer novas concessões para aprovar a Medida Provisória 665, que endurece o acesso a benefícios trabalhistas, e disse que o governo "já foi até onde podia".
Nesta terça, Costa e o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), anunciaram que a presidente Dilma Rousseff havia aceitado vetar parcialmente uma das modificações nas regras do pagamento do abono salarial que constam na MP. Pelo acordo costurado com a base para tentar viabilizar a aprovação da MP, o Executivo desiste de aumentar a carência exigida atualmente para o pagamento do benefício de um para três meses. No entanto, o governo mantém-se inflexível na defesa de que o repasse deve ser proporcional ao tempo trabalhado, outra alteração que consta no texto da proposta. "Manter (a regra) como é hoje (sem a proporcionalidade, com o pagamento integral independente do tempo trabalhado) desfalca significativamente a medida provisória", justificou Costa.
Mais cedo, o governo conseguiu aprovar a constitucionalidade da matéria por uma margem apertada, de apenas cinco votos de vantagem. O líder do PT disse que o resultado mostra que os aliados do Planalto "têm maioria", mas reconheceu que o momento é "de dificuldade" e que o "quadro ainda é instável".