Diferença de posições é natural, diz Dilma sobre Congresso
Presidente visitou nesta segunda-feira (27) áreas atingidas por tornado em Santa Catarina
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (27) que vê como natural as diferenças com o Congresso Nacional. "Quando se vive numa democracia, parte-se do pressuposto que há diferenças de posição, especialmente num país continental como é o Brasil. Ninguém tem de pensar igualzinho", afirmou durante entrevista coletiva depois de visitar famílias e os escombros deixados por um tornado em Xanxerê (SC). Sobre os conflitos dentro do partido e da base aliada, como o PMDB, a presidente afirmou: "partidos são heterogêneos, por isso é normal que haja conflitos".
Além de Xanxerê, Dilma visitou nesta manhã o município de Ponte Serrada (SC), que também foi atingido por um tornado na segunda-feira passada, 20. Ela falou sobre a liberação de recursos para as cidades. Uma portaria do Ministério da Integração Nacional, publicada no Diário Oficial da União, autorizou a liberação de R$ 2,8 milhões para ações de socorro nos municípios. De acordo com o Blog do Planalto, o prazo de execução das obras e serviços será 180 dias. Outra portaria, nesse caso do Ministério das Cidades, disponibiliza recursos para reforma das moradias e construção habitacional por intermédio do Programa Minha Casa, Minha Vida em áreas urbanas e rurais. A transferência de recursos, segundo a publicação, será feita mediante assinatura de termo de compromisso firmado com a Caixa Econômica Federal.
Respondendo a uma questão sobre investimento em ferrovias na região, a presidente afirmou que o Brasil tem um "déficit histórico muito grande" nesse modal. "Nos últimos quatro anos, investimos pesadamente. (Mesmo assim), não vamos dar conta de fazer todas as ferrovias simultaneamente", disse Dilma.
Também na entrevista coletiva, Dilma respondeu a uma questão sobre o projeto de lei da terceirização, que é polêmico e que foi rejeitado pelos deputados petistas, mas mesmo assim foi aprovado pelo plenário da Câmara. A presidente disse que é preciso "equilíbrio" na legislação da terceirização do trabalho. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), sinalizou que dará menor celeridade à aprovação do projeto, indicando uma análise mais detalhada do texto principal e também das emendas aprovadas pelos deputados.