Daniel vê como retrocesso a não criação da Frente LGBT
Em nota o parlamentar afirmou que não esperava que o projeto fosse barrado na Alepe
O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) se posicionou por meio de uma nota oficial nesta quarta-feira (18), em virtude da não aprovação da Frente LGBT, votado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Para o tucano, a legislativo agiu com retrocesso.
“É com muita tristeza que observo o grande retrocesso cometido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco ao não aprovar a recriação da Frente Parlamentar LGBT. Já esperava que houvessem calorosos debates, assim como aconteceu em 2011, quando criamos essa Frente pela primeira vez no Estado. Mas não acreditava que o Parlamento fosse capaz de barrar a comissão”, desabafou.
O parlamentar afirmou que a criação de uma frente parlamentar é fundamental para que o debate sobre um tema seja aprofundado. “Basta lembrar que, na legislatura passada, além da Frente LGBT, a Alepe tinha também a Frente da Família, criada majoritariamente pelos parlamentares da bancada evangélica”, citou. Ele também garantiu que a aprovar a criação do colegiado não significa concordar com eles, mas permitir que haja uma discussão sobre temas que são de interesse da sociedade.
Para Coelho, a não aprovação é oriunda do conservadorismo e da falta de abertura dos deputados. “É preocupante ver o conservadorismo tomando conta do Parlamento, a ponto de muitos deputados não apenas votarem contra, mas se retirarem do plenário para não expor suas opiniões”, pontuou.
O deputado federal também frisou a perda da não criação da Frente LGBT para todo o Estado. “A não criação da Frente LGBT na Assembleia Legislativa não significou uma derrota para quem propôs a criação da comissão. Mais que isso, significou uma derrota para o Parlamento e para a sociedade pernambucana. Um retrocesso, um passo na contramão dos anseios dos cidadãos”, disparou Daniel Coelho.