Orçamento sai da pauta e Congresso se concentra em vetos
Ampliação do prazo para apresentação de emendas à proposta orçamentária inviabilizou a votação
A proposta de lei orçamentária não está mais na pauta da sessão do Congresso Nacional nesta terça-feira (24). Como o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ampliou o prazo para a apresentação de emendas pelos novos parlamentares, a matéria não tem como ser votada. Com isso, senadores e deputados irão se concentrar na apreciação de vetos e discussão sobre novas regras para essa votação.
Na manhã desta terça, Jucá divulgou uma circular em que estabelece a sexta-feira (27) como último dia para apresentações de sugestões de alteração no texto.
Na pauta permanece o projeto de resolução 1/2015, aprovado pelas Mesas do Senado e da Câmara, que visa tornar mais ágil a análise dos vetos e também adequar as sessões ao fim do voto secreto nesse tipo de deliberação. Se o texto for aprovado pelos parlamentares, a votação dos vetos será em cédulas eletrônicas, com a identificação do parlamentar. Nessa cédula estarão todos os vetos da respectiva ordem do dia.
Até o início das votações, os parlamentares poderão apresentar destaques, nome dado a sugestões de mudanças pontuais no texto de uma proposição legislativa. A quantidade de destaques, porém, estará limitada ao tamanho de cada bancada. De 5 a 24 deputados ou de 3 a 5 senadores, um destaque; de 25 a 49 deputados ou de 6 a 11 senadores, dois destaques; de 50 a 74 deputados ou de 12 a 17 senadores, três destaques; e 75 ou mais deputados ou 18 ou mais senadores, quatro destaques.
O tempo dos discursos também será disciplinado. Os oradores inscritos poderão falar por até cinco minutos. Após a fala de quatro senadores e de seis deputados, o processo de votação será iniciado, mesmo com a continuidade dos debates. Os líderes terão até um minuto para orientar as bancadas.
Vetos
Quatro dispositivos estão trancando a pauta. Um deles altera a jornada de trabalho dos psicólogos, que passa a ter duração e remuneração extraordinária estabelecidas por instrumento coletivo de trabalho. Já o veto 32/2014 exigia um quórum diferenciado para fins de aprovação de convênio que tenha por objeto a concessão de remissão dos créditos tributários constituídos em decorrência de benefícios ou incentivos fiscais, entre outras alterações.
Também está na pauta o veto 33/2014 aplicado ao projeto de Lei que determina a destinação, para o transporte escolar das prefeituras, dos veículos de transporte coletivo apreendidos e em aplicação da pena de "perdimento", por terem ingressado irregularmente no Brasil. Já o veto 34/2014 desconsiderou totalmente o projeto de Lei que reduzia a contribuição previdenciária para patrões e empregados domésticos.