Petrobras afasta gerente de engenharia da Refinaria em PE

Glauco Colepicolo Legatti fez parte da equipe de trabalho do ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa

por Giselly Santos qui, 20/11/2014 - 11:04
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo O gerente de engenharia pode ter contribuído de alguma forma com o esquema de corrupção montado dentro da Petrobras Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O gerente-geral de Implementação de Empreendimentos para a Refinaria Abreu e Lima (Renest), Glauco Colepicolo Legatti, foi afastado do cargo, nessa quarta-feira (18), pela Comissão Interna da Petrobras criada para investigar os casos de corrupção na estatal. Colepicolo fazia parte da equipe de trabalho do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mediador do esquema de propina realizado entre a empresa e o doleiro Alberto Youssef. 

O gerente de engenharia da Renest é suspeito ter contribuído de alguma forma com o esquema de corrupção montado dentro da Petrobras e investigado pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato, da qual o superfaturamento para a construção da Refinaria em Ipojuca é um dos principais alvos. Além dele outros quatro nomes perderam a denominação de chefia e podem chegar a ser demitidos por justa causa, caso as suspeitas sejam confirmadas. 

Também foram afastados a chefe de escritório da Petrobras em Singapura, Venina Velosa da Fonseca; o gerente-geral de Gestão de Tecnologia do Cenpes, Francisco Paes; o gerente-geral de Compras para Empreendimentos da área de Abastecimento, Heyder de Moura Carvalho, e o executivo da Logum, empresa de logística de etanol, Roberto Gonçalves. Formalmente, a Petrobras não confirma nomes, apenas o afastamento de gerentes. A expectativa é de que outras exonerações de gerências aconteçam nos próximos dias. 

Os cinco funcionários trabalharam na equipe de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, preso pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato. Costa já confessou ter recebido propina de fornecedores da petroleira para fechar contratos, mas, em notal, a empresa diz que, no casos desses ex-gerentes, "não há evidência até o momento de dolo, má-fé ou recebimento de benefícios". 

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