CPMI da Petrobras ouve diretor sobre denúncias de propina
Parlamentares querem mais esclarecimentos sobre suposto pagamento de propina a funcionários da estatal para facilitar negócios com empresa holandesa
Nesta terça-feira (11), a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras irá se reunir para ouvir o depoimento do gerente de contratos da empresa, Edmar Diniz Figueiredo. Os parlamentares querem mais esclarecimentos sobre as denúncias de pagamento de propina a funcionários da estatal para facilitar negócios com a SBM Offshore, empresa holandesa que fornece navios-plataformas.
Na sessão, os parlamentares também devem decidir sobre novas convocações. Podem ser chamados a depor o presidente licenciado da Transpetro, Sérgio Machado, e o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Ambos teriam sido citados pelo ex-diretor de Abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, como envolvidos no esquema de corrupção na companhia. Costa foi preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato e fez acordo de delação premiada em troca de redução da pena.
O colegiado tenta conseguir autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso à delação e aprofundar as investigações. O ministro Luís Roberto Barroso está aguardando a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para decidir se vai ou não liberar o conteúdo da delação para os parlamentares.
Os trabalhos da comissão serão prorrogados até os dias 22 de dezembro, já que a CPMI coletou as assinaturas suficientes (de, pelo menos, 27 senadores e 171 deputados). Como muitas denúncias não terão como ser apuradas e os trabalhos do colegiado foram prejudicados durante o período de Copa e das Eleições, os líderes da oposição já anunciaram que estão coletando assinaturas para instalar uma nova CPMI da Petrobras logo no início da próxima legislatura, em 2015.