Termo de compromisso diverge opiniões dos socialistas

Segundo informações, um documento afirmando que Marina se compromete a dar continuidade as propostas e alianças de Campos está sendo elaborado

por Elaine Ventura qua, 20/08/2014 - 12:28
Cleiton Lima/LeiaJáImagens/Arquivo Marina é a candidata à presidência Cleiton Lima/LeiaJáImagens/Arquivo

Com a nova chapa formada, a coligação Unidos pelo Brasil definiu os nomes que irão disputar a presidência e vice-presidência da república: Marina Silva e Beto Albuquerque, respectivamente. Mas a candidata ainda terá que assinar uma carta de compromisso com o partido, se comprometendo em dar continuidade as propostas e alianças firmadas por Eduardo Campos.   

A ideia da elaboração do documento surgiu após os sonháticos divulgarem nota informando que após a concessão do registro de Marina como candidata à presidência pelo Tribunal Superior Eleitoral, ela abandonaria o PSB. Dentro do próprio partido, o termo de compromisso diverge opiniões. O senador do Distrito Federal,  Rodrigo Rollemberg, defende que as propostas de campanha em si, já firmam a parceria, sendo desnecessário a elaboração de um documento. “Nossa parceria já está firmada no programa de governo. É ele que vai nortear a relação”, afirmou Rollemberg. 

Já para o senador João Capibaribe, do PSB do Amapá, não é o momento de divergência entre os integrantes do partido e não há nada demais na elaboração de um documento pedindo a unidade. De acordo com o coordenador do programa de governo do PSB, Maurício Rands, o documento é necessário para garantir que Marina assumirá  os compromissos defendidos pelo socialista antes de morrer. Ele ressaltou que essa não é apenas uma preocupação do PSB, mas dos membros dos outros partidos que compõem a coligação. “ A militância dos seis partidos da coligação também tem perguntas que precisam de respostas", pontuou Rands.

Mas o presidente nacional do PSB nega que o partido está  impondo condições à Marina Silva. Mas apenas alinhando as propostas que já foram articuladas antes do acidente. “Não há nenhuma carta de compromissos. Vamos conversar com ela sobre as novas condições que surgiram com a morte de Eduardo”, concluiu Amaral.

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