Rede e PSB sem consenso em grandes colégios eleitorais
O maior impasse para a convergência dos partidos em São Paulo e Minas Gerais é uma possível aliança do PSB com o PSDB
Já afinados em alguns estados brasileiros a Rede Sustentabilidade e o PSB divergem em alguns campos políticos, entre eles, os dois maiores colégios eleitorais do país São Paulo e Minas Gerais. A divisão nos diretórios já é notória, inclusive, pelos nomes ventilados pelos líderes das duas legendas para as chapas majoritárias. O maior entrave, segundo o representante do Rede em Pernambuco, ex-deputado Roberto Leandro, seria o anseio dos socialistas em se aliarem ao PSDB nestes estados.
“Em São Paulo já houve um avanço significativo na posição do PSB, que iria assumir uma vaga de vice na chapa do PSDB (com o deputado federal Márcio França). Sugerimos uma candidatura própria do nosso campo”, revelou Leandro fazendo menção a um processo de “laranjas políticos”, que poderiam ser usados pelo PSB, caso a aliança entre tucanos e socialistas fosse concretizada.
Os nomes paulistas sugeridos pelos dirigentes do Rede, foram os do escritor Célio Turino e do biólogo João Paulo Copabianco. “Eles são as melhores opções”, frisou o ex-deputado. Em Pernambuco, de acordo com Roberto Leandro, ainda existe a possibilidade da aliança Rede-PSB adquirir o apoio do Partido Verde (PV). “É possível também que o PV, embora esteja com uma candidatura própria nacional, seja atraído em São Paulo. Agregando outras forças, com as mesmas defesas”, disse.
No campo eleitoral mineiro, a divisão entre os dois partidos é ainda mais perceptível. “Lá uma parcela do PSB quer compor com o PSDB outra não. A posição majoritária da Rede lá é que não aja nenhum acordo com os tucanos e que sigamos o mesmo exemplo de São Paulo”, frisou. “Temos tempo até a convenção (em junho). Esperamos que tanto em São Paulo como em Minas a gente entre em consenso”.