Marina critica PT e diz não 'responder na mesma baixeza'

Em artigo, a ex-senadora sugeriu uma campanha limpa

por Élida Maria sex, 17/01/2014 - 14:06
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr A socialista disse saber quem são os Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

A ex-senadora Marina Silva, organizadora do Rede Sustentabilidade e filiada ao PSB, fez duras críticas ao Partido dos Trabalhadores (PT), nesta sexta-feira (17), em artigo escrito para o Jornal Folha de São Paulo. No texto, ela cita de forma notória a publicação do PT ao governador Eduardo Campos no Facebook e reprova o uso de agressões verbais no período eleitoral.

Para a ex-parlamentar, “é intolerável à situação que vivemos em anos eleitorais, marcados por uma degradante agressão verbal contra candidatos e lideranças políticas”, a exemplo de calúnia, injúria e ofensas que levam o Brasil para o atraso, alega a socialista. 

Sem descrever nomes ou partidos ela afirma saber “quem são os responsáveis por essa guerra” e garante que eles estão na direção dos partidos “mais poderosos, cujos militantes, geralmente remunerados, seguem sua pauta e comando no ataque aos alvos definidos. E chamam isso de tática e estratégia numa disputa supostamente ideológica entre esquerda e direita”, disparou. 

A ex-senadora também relembrou as manifestações ocorridas nas ruas do país, ano passado, opinou que iniciativas de difamações e injúrias traz a perda do Brasil e relembrou as críticas numa publicação sem assinatura de autor, expostas no Facebook do PT ao governador de Pernambuco. “A linguagem chula dos desaforos anônimos ou "fakes" não devem ser estimulados nem acobertados”, destacou, sugerindo ações para o problema. “A primeira condição é que os dirigentes assumam a responsabilidade, que de fato têm, sobre a ação de seus companheiros. A segunda é de que a decisão de manter o bom nível seja incondicional, nada de "responder na mesma altura", quer dizer, na mesma baixeza”, disse Silva. 

Ao término do texto, a ex-parlamentar relembrou a disputa eleitoral que teve com o ex-presidente Lula (PT) e recomendou uma solução. “Lembro de antigas campanhas com Lula e o PT, enfrentando calúnias e preconceitos em boatos, panfletos apócrifos e pichações nos muros. No Acre, pelos idos dos anos 90, criamos uma "campanha de limpeza da campanha" para combater a baixaria. Precisamos de uma assim, no Brasil”, cravou Marina Silva. 

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