Candidatos pedem reformulação do PED no Estado

Postulantes realizaram debate na noite desta quinta-feira (31)

qui, 31/10/2013 - 22:58

O debate com os candidatos do PT em Pernambuco, nesta quinta-feira (31), teve como mote a reformulação do Processo das Eleições Diretas (PED). Em plenário esvaziado, os postulantes Edmilson Menezes (PT) e a deputada Teresa Leitão (PT) afirmaram que o partido precisa rever seus conceitos para trazer de novo os militantes e os movimentos sociais para discutir os assuntos internos da sigla.

“Não devemos ficar presos às eleições que acontecem de dois em dois anos. O PT é maior que isso. O partido precisa ser novamente um partido de rua. O PED é uma imoralidade política, todo mundo que acompanhou o processo sabe como funciona (...) Todos os debates do interior foram cancelados e colocou-se um debate único em Olinda, os debates a candidatura a presidência (estadual) não estão ocorrendo”, disparou Edmilson Menezes.

“O PT está perdendo seu espírito de corpo. Está perdendo sua identidade. E sem identidade a gente não faz política, não caminha no ramo da política. O PED precisa discutir isso, não podemos perder a essência (...) Se quiser voltar ao lugar de protagonismo, não tem que ficar excluindo, esse tipo de diálogo não avança”, ressaltou Teresa Leitão.

Sem criticar o PED, o candidato Bruno Ribeiro (PT) relatou que as velhas práticas do PT precisam ser retomadas. “Vamos juntos atender os movimentos sindicais. Eu espero que as alianças sejam entre elas, esses movimentos. Temos que enxergar as demandas da sociedade, dos movimentos sociais”, disse o petista.

Mesmo com um discurso de união partidária, os candidatos não deixaram de trocar farpas. Edmilson Menezes teceu críticas a possível união do partido com o PTB nas eleições estaduais. O postulante Bruno Ribeiro é um dos petistas que são simpáticos à aliança. “Vamos ser camareiros de armando monteiro? Tem companheiro que defende candidatura própria, mas já fala em apoio em Armando em um possível segundo turno”, censurou.

PSB

Na sabatina realizada após o debate, alguns militantes petistas presentes no evento teceram várias críticas a postura do partido com o governador Eduardo Campos (PSB). Muitos disseram que o PT tem que tomar postura de oposição ao Governo. As declarações também partiram dos candidatos.

“Eu quero o PT em oposição ao governo de Eduardo Campos, é um governo que privatiza, que faz maquiagem nas escolas públicas, que colocou o PT para trás. Nós tínhamos toda a razão do mundo para não ter entrado no governo de Eduardo Campos”, ressaltou Edmilson Menezes.

Segundo Bruno Ribeiro, tanto a ex-senadora Marina Silva (PSB) e Eduardo Campos não podem criticar a “velha política” por fazerem parte dela. “Marina nos chama de chavistas. Isso não tem sentido. Além do mais, são dois veteranos da política (Eduardo Campos e Marina Silva) se auto intitulando de nova política. Eles estão a mais de 30 anos na política”, frisou.

 

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